VIDA URBANA
Chapa 2 decide não participar da eleição para diretoria da API nesta segunda
Sandra Moura alega irregularidades em filiações de novos sócios; João Pinto mantém candidatura e evita polemizar.
Publicado em 09/09/2018 às 13:28 | Atualizado em 10/09/2018 às 16:51
A eleição para a diretoria da Associação Paraibana de Imprensa (API), que será realizada nesta segunda-feira (10), é marcada por mais uma polêmica. Em nota, chapa 2 “API na Vanguarda para todos e todas”, encabeçada pela jornalista Sandra Moura, comunicou, neste domingo (9), que não participará do pleito.
Associação Paraibana de Imprensa marca eleição para segunda-feira
A chapa justifica que a API passa por um processo eleitoral flagrantemente maculado por filiações irregulares de novos associados, motivo pelo qual ingressou com ação na Justiça pedindo a suspensão das eleições. Sustenta que foram realizadas pelo menos 96 novas filiações sem análise da Comissão de Sindicância da API.
Outro lado
A chapa 1, encabeçada pelo atual presidente João Pinto, que disputa à reeleição, preferiu não comentar a nota da chapa de Sandra Moura.
Na época da denúncia, que culminou com uma ação judicial que suspendeu a eleição, João Pinto negou que tenha cometido as irregularidades apontadas pelo grupo de Sandra Moura. Segundo o presidente, o processo de eleição vem sendo conduzido por uma comissão que tem atuado com “transparência e respeito ao Estatuto da entidade”.
Nota da chapa de Sandra Moura
Considerando que a API vive um processo eleitoral flagrantemente maculado por filiações irregulares de novos associados;
Considerando que uma comissão eleitoral escolhida pela chapa da situação para um pleito não realizado em julho passado resolveu no último dia 5 de setembro corrente marcar uma eleição para esta segunda-feira, 10, de modo absolutamente arbitrário e desrespeitoso, sem realização de assembleia para a escolha da nova data da eleição, sem sequer consulta ou comunicado oficial à Chapa 2, de oposição;
Considerando que tal decisão é mais uma afronta que se comete ao Estatuto da API, que prevê ritos e prazos para a aprovação e/ou alteração do seu regimento eleitoral;
Considerando que a Chapa 2 recorreu à Justiça para questionar as filiações ilegais e o fez com o exclusivo objetivo de regularizar e moralizar o processo eleitoral em curso, mas um juiz da 7ª Vara da Capital extinguiu o processo sem analisar o mérito da ação e, ao contrário do que foi propagado pela chapa da situação, não definiu data de eleição alguma;
Considerando que foram realizadas pelo menos 96 novas filiações sem análise da Comissão de Sindicância da API, sequer constituída no atual mandato, e que aquele número representa mais da metade dos 170 associados que foram às urnas na última eleição regular da entidade;
Considerando ainda que, ao marcarem com tão exígua antecedência uma eleição para uma segunda-feira pós-feriadão, a chapa da situação e sua comissão eleitoral demonstram que pretendem consumá-la de qualquer jeito, de qualquer forma e a qualquer preço, não levando em conta nem mesmo a disponibilidade dos associados para votação em dia útil, além de desconsiderar a tradição da API de realizar suas eleições aos sábados;
Considerando também que todos os procedimentos da chapa da situação e de sua comissão eleitoral concorrem para desmobilizar os associados e manter a API no marasmo e subserviência aos poderosos da vez;
Considerando, por fim, que participar de uma eleição assim é legitimar uma fraude;
A CHAPA 2 RESOLVE
Comunicar aos associados e à sociedade que não participará da eleição autoritariamente agendada pela chapa da situação e sua comissão eleitoral para esta segunda-feira, 10 de setembro de 2018;
Informar que somente retornará ao processo eleitoral quando este for conduzido sob estrita obediência ao Estatuto da API, com transparência de procedimentos e condições de igualdade para todos e todas postulantes a cargos de direção e dos conselhos da entidade.
Em João Pessoa, Paraíba, 9 de setembro de 2018.
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