VIDA URBANA
Grupo responsável por resgate de detentos do PB1 é preso em João Pessoa
Grupo de dez pessoas estava hospedado em um flat em Manaíra, na capital.
Publicado em 10/09/2018 às 17:46 | Atualizado em 11/09/2018 às 8:11
Dez pessoas envolvidas no resgate dos presos da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes (PB1), em João Pessoa, foram presas pela Polícia Militar na tarde desta segunda-feira (10). Segundo a PM, o grupo é formado por homens e mulheres e é da cidade de Campina Grande. Eles estavam hospedados em um flat em Manaíra, na capital.
Conforme a Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds), com o bando foram apreendidas seis armas de fogo, entre elas um fuzil. As pessoas presas e o material apreendido foram encaminhado para a Seds, no bairro de Mangabeira.
No início da tarde, a Secretaria de Administração Penitenciária atualizou o número de fugitivos: depois de uma recontagem, o número total passou a 92. As divisas com os estados vizinhos tiveram a segurança reforçada, sendo que mais de 40 fugitivos foram presos até as 17h desta segunda-feira. A lista atualizada dos fugitivos só deve ser divulgada na tarde desta segunda-feira pela Secretaria de Administração Penitenciária.
O ataque criminoso que gerou a fuga em massa de presos do PB1 tinha como objetivo o resgate de um único preso: Romário Gomes Silveira, que foi detido em agosto após participar de um ataque a um carro-forte.
Durante a fuga no PB1, uma ação policial na rodovia estadual PB-008 tentou conter os fugitivos que passavam pelo local e houve troca de tiros. O tenente da PM, Erivaldo Moneta, de 36 anos, entrou em confronto com os criminosos, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Ele foi internado em estado gravíssimo, mas no final da manhã o hospital confirmou a morte do policial.
Ação para confundir policiais
O secretário Sérgio Fonseca explicou que a ação começou a partir de uma mata nas proximidades do presídio, de onde os criminosos atiraram nas guaritas do PB1 para confundir os policiais e iniciar uma troca de tiros. “Com essa quantidade de armamento, inclusive com a utilização de fuzis ponto 50, eles efetuam vários disparos nos alojamentos dos PMs e agentes. A arma perfura facilmente a parede. Pela munição estar atravessando as paredes, os agentes tiveram que se abrigar. Aí sim, eles conseguem se aproximar e usar os explosivos no portão da frente e da lateral”, disse o secretário. Durante o resgate, fugiram presos de pelo menos 12 celas da ala direita do pavilhão 2 do PB1.
Segurança no presídio
“Todas as forças de segurança estão com força total buscando caçar esses elementos, nós vamos buscá-los. A PM está de prontidão, nas ruas, vamos dar proteção adequada. Vamos buscar efetivamente resgatar naturalmente a sensação de segurança”, afirmou o comandante-geral da PM, coronel Euller Chaves. Ele participou da entrevista junto com o secretário Sérgio Fonseca e também com o secretário de Segurança Pública do estado, Cláudio Lima. Segundo o coronel, os comandos dos batalhões que fazem divisa com os outros estados foram orientados a reforçarem a segurança.
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