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POLÍTICA

Apenas 29% dos juízes da Paraíba são negros, aponta perfil do CNJ

Perfil geral em todo o país é de homens, brancos, católicos, casados e com filhos.

Publicado em 14/09/2018 às 18:39 | Atualizado em 15/09/2018 às 8:00


                                        
                                            Apenas 29% dos juízes da Paraíba são negros, aponta perfil do CNJ
Foto: Divulgação/TJPB

Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou o perfil sociodemográfico da magistratura brasileira: majoritariamente formada por homens, brancos, católicos, casados e com filhos. Na Paraíba, segundo o levantamento, pelo menos 71% dos juízes declararam serem brancos, 29% negros e nenhum declarou ser indígena, mas não há detalhamento do perfil da Paraíba para as outras características.

Essa é a segunda vez que o CNJ faz uma pesquisa dessa natureza – a primeira foi em 2013. O trabalho contou com a participação de 11.348 magistrados (62,5%) de um total de 18.168 juízes, desembargadores e ministros dos tribunais superiores de todo o Brasil.

Os magistrados que atuam na Paraíba, ao lado do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, foram os que apresentaram as menores taxas de resposta. Apenas 120 do total de 217 juízes do Tribunal de Justiça da Paraíba respondeu ao questionário, o que representa 43,3% do universo, em termos percentuais. Já no Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, que fica na Paraíba, o percentual de resposta ficou um pouco melhor, chegando a 60%. Em número, dos 70 magistrados trabalhistas, 40 responderam ao perfil sociodemocráfico do CNJ.

Mulheres

O Relatório Perfil Sociodemográfico dos Magistrados – 2018 demonstrou que a participação das mulheres no Judiciário ainda é menor que a de homens – 37% mulheres e 63% homens. Comparativamente com a década de 1990, porém, houve crescimento. Naquela época, a participação de mulheres era de 25%, contra 75% de homens.

A pesquisa revelou que as mulheres ainda progridem menos na carreira jurídica em comparação com eles. Elas representam 44% no primeiro estágio da carreira (juiz substituto), quando competem com os homens por meio de provas objetivas e passam a corresponder a 39% dos juízes titulares. No entanto, o número de juízas se torna menor de acordo com a progressão na carreira: representam 23% das vagas de desembargadores e 16% de ministros dos tribunais superiores.

“É possível que haja uma dose de preconceito já que para entrar, mulheres e homens competem por meio de provas. No entanto, algumas progressões dependem de indicações. Mas não creio que seja só isso. As mulheres ainda têm muitas atribuições domésticas e isso gera impacto profissional. De qualquer forma, é um dado que precisa ser estudado, já que não fomos a fundo em relação aos motivos dessa diferença e ela pode ser observada também em outras carreiras”, diz Maria Tereza Sadek, diretora do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ.

Parentes

Outro ponto considerado relevante para Sadek, é a diminuição do grau de endogenia da magistratura. Entende-se por endogenia, nesse caso, a entrada de parentes na magistratura. Pelos dados coletados, apenas 13% dos que ingressaram após 2011 possuíam familiares juízes ou desembargadores. Os dados até 1990 revelavam que o número, no passado, era bem maior: 30% dos juízes tinham familiares na magistratura. “São pessoas que chegam com outra cabeça. Isso é muito bom, democrático. E, acredito, também tem relação com o ingresso de mulheres. Antigamente, a entrada delas era bem mais complicada”, diz Sadek.

Na Justiça Estadual o número é maior (21% têm familiares na magistratura). Na Justiça do Trabalho esse percentual é de 17%, e na Justiça Federal, 15%. Quanto maior a posição na hierarquia da carreira, maior a proporção dos magistrados que têm familiares na magistratura: 14% entre os juízes substitutos, 20% entre os juízes titulares e 30% entre os desembargadores.

Idade

A idade média do magistrado brasileiro é 47 anos. Considerando a faixa etária por segmento de justiça, os magistrados mais jovens estão na Justiça Federal, com 13% no intervalo até 34 anos, 49% entre 35 e 45 anos e apenas 9% com 56 anos ou mais.

Imagem

Angélica Nunes

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