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CULTURA

Vencedor do Oscar de melhor filme, 'Birdman' estreia na PB

'Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)', o grande vencedor do Oscar, finalmente estreia em João Pessoa e Campina Grande.

Publicado em 26/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 21/02/2024 às 12:36

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance), EUA, 2014) é uma crítica ferrenha à indústria cultural do entretenimento norte-americano.

Concorrendo em nove categorias na 87ª edição do Oscar, no último domingo o longa-metragem do mexicano Alejandro González Iñárritu ganhou quatro estatuetas douradas – Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original e Fotografia –, e finalmente estreia nos cinemas de João Pessoa e Campina Grande, depois de quatro semanas de atraso.

Junto com A Teoria de Tudo (leia a crítica no box abaixo), é o quarto filme dos oito que concorreram na categoria principal que entram em cartaz na Paraíba. Os dramas O Jogo da Imitação e Sniper Americano (que estreia também em Campina Grande hoje) são os outros que permanecem nos cinemas daqui.

Michael Keaton é Riggan Thomson, um ator em franca decadência que outrora teve um estrondoso sucesso como um super-herói nas telonas chamado Birdman. Agora, ele está às vésperas de fazer prévias de seu primeiríssimo espetáculo teatral na Broadway, adaptação de uma obra do Raymond Carver (1938-1988) onde o ex-astro acumula as funções de diretor, roteirista e ator.

Catártico, não é mera coincidência que o próprio Keaton fez fama como o Batman 'dark' e gótico de Tim Burton. Assim como seu personagem, o ator encarnou o Homem-Morcego em duas produções (de 1989 e 1992), mas não quis dar continuidade com a terceira.

Na primeira cena de Birdman, vemos Riggan Thomson simplesmente levitando de cueca no seu camarim. Nesta e em outras sequências surreais mostra como o protagonista ainda se encontra associado com seus 'poderes', que fazem até cair acidentalmente um holofote no ator medíocre no ensaio, posteriormente substituído por outro de melhor status (que reflete na bilheteria), mas de um egocentrismo que vai além das coxias (vivido pelo igualmente difícil na vida real Edward Norton, que já viveu o Hulk nos cinemas).

Também não é à toa que na conversa sobre substituir o ator acidentado com seu amigo e advogado (Zach Galifianakis, saindo da 'zona de conforto' de interpretações como na franquia Se Beber, Não Case!), Riggan enumere uma lista de cabeça que vai de Robert Downey Jr. a Jeremy Renner, atuais astros que vivem super-heróis no cinema (Homem de Ferro e Gavião Arqueiro, respectivamente).

Um fator importante na narrativa do filme é seu falso plano-sequência (apenas um único plano que registra a ação sem cortes), habilmente executado pelo diretor de fotografia mexicano Emmanuel Lubezki, um expert na técnica, vide as produções Gravidade (que também ganhou o Oscar na categoria no ano passado) e Filhos da Esperança (2006), ambos dirigidos pelo conterrâneo Alfonso Cuarón.

Muito mais do que um exercício estético, os claustrofóbicos corredores e saletas do teatro servem de 'divisões' dos atos da 'vida real', servindo de uma (nova) gaiola onde o Homem-Pássaro está empoleirado, acuado e preso pela ansiedade de alçar novos voos.

Birdman tem um elenco de apoio afinado: além dos supracitados Edward Norton e Zach Galifianakis, há os grandes e expressivos olhos de Emma Stone (a Gwen Stacy da nova franquia do Homem-Aranha) como a filha de Riggan, ex-viciada e agora assistente do pai, e a Naomi Watts (que já trabalhou com Iñárritu em 21 Gramas) como uma atriz à beira de um ataque de nervos em virtude da estreia.

Com a voz interior retumbante do Birdman que fica ecoando na cabeça de Riggan Thomson o tempo todo, insistindo para o ator voltar a abraçar projetos 'ocos' e explosivos no melhor estilo Michael Bay, o filme não poupa nem a crítica especializada estadunidense: sempre nos bares da Broadway, a jornalista promete acabar com a peça mesmo sem vê-la, pois Riggan devia ter ficado em seu 'ninho' hollywoodiano.

Independente do clima derrotista, Birdman é um grande filme que busca a redenção na paixão pela arte, tanto na telona quanto nas entrelinhas.

'TUDO QUE DEUS CRIOU' ESTREIA EM JOÃO PESSOA
Depois de permanecer uma semana em cartaz em Campina Grande, o filme paraibano Tudo que Deus Criou (Brasil, 2012) estreia em João Pessoa, no CineSercla (Shopping Tambiá).

Primeiro longa-metragem de André da Costa Pinto, o filme mostra a história de um jovem de classe média baixa (o estreante Paulo Philippe) que sustenta sua família junto com traumas e obstáculos.

O elenco ainda conta com nomes 'globais' como Letícia Spiller, Maria Gladys (Febre do Rato) e Guta Stresser (a Bebel de A Grande Família).

'SUPERPAI' E 'TINKER BELL' EM CG E JP
Comédia nacional e animação da Disney também estreiam nos cinemas de João Pessoa e Campina Grande.

Em Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca (Legend of the Neverbeast, EUA, 2014), a fadinha se torna amiga de uma gigantesca e misteriosa criatura, o que pode gerar preconceito no Refúgio das Fadas.

Já a comédia Superpai (Brasil, 2014) mostra Danton Mello como um descuidado genitor que tenta provar ainda que é 'o cara' quando se reúne com os velhos amigos de adolescência para celebrar 20 anos de formatura. Mas a festa acaba levando a rumos inesperados.

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Jornal da Paraíba

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