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VIDA URBANA

Castração de pets é mutilação ou não? Veterinário tira dúvidas

Assunto divide amantes de cães e gatos e gera bastante debates.

Publicado em 21/10/2018 às 7:00 | Atualizado em 21/10/2018 às 10:02


                                        
                                            Castração de pets é mutilação ou não? Veterinário tira dúvidas
Foto: Gabriela Muniz

Um assunto que divide opiniões é quanto à castração dos pets. Cada um traz os seus argumentos para justificar se o procedimento seria uma mutilação ou algo necessário para controle animal. Para responder algumas perguntas, o JORNAL DA PARAÍBA entrevistou o veterinário Marcos Lopes. Segundo ele, castração não se trata de mutilação e é aconselhado tanto para cães quanto para gatos.

"Existe a indicação por estética e a indicação devido à processos patogênicos", informou Marcos. Problemas como criptorquismo, hiperplasia prostática, aparecimento de cistos prostáticos, agressividade, demarcação de território e excessos hormonais são exemplos de indicações para a realização do procedimento.

O veterinário explica que existem duas vertentes: uma que aconselha a castração pediátrica e outra, após o amadurecimento fisiológico do pet. "Muitos criadores já vendem o cão ou gato castrado aos 2 ou 3 meses, mas eu não aconselho". Ele indica o agendamento do procedimento após o primeiro cio. No caso de gatos e gatas, é possível castrar a partir dos sete meses. "Quando se castra [o animal] muito cedo, é possível que se desenvolva algum problema hormonal", alerta.

Mudanças de comportamento

De acordo com Marcos, os animais apresentam mudança de comportamento depois da castração. No caso dos cães machos, eles ficam mais sedentários e diminui a questão de marcação de território e tendem a ficar mais calmos. "As fêmeas são da mesma forma e isso acaba gerando o tabu da engorda", explica.

Para evitar que o animal engorde, o dono do animal precisa tomar mais cuidado com a alimentação dele e adicionar mais atividade física. "Mas não há preocupações maiores e não é necessário fazer reposição hormonal".

* Sob supervisão de Aline Oliveira

Imagem

Bruna Cairo

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