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CULTURA

'Sem ele, eu estaria fazendo outra coisa', diz Mike Deodato sobre Stan Lee

Quadrinista paraibano relembra o dia em que conheceu o grande nome da Marvel.

Publicado em 17/11/2018 às 20:10 | Atualizado em 19/11/2018 às 8:27


                                        
                                            'Sem ele, eu estaria fazendo outra coisa', diz Mike Deodato sobre Stan Lee

				
					'Sem ele, eu estaria fazendo outra coisa', diz Mike Deodato sobre Stan Lee
Registro do encontro entre Deodato e Lee (Foto: Arquivo Pesoal).

"Sem ele, esses 24 anos que eu tenho na Marvel não teriam acontecido, provavelmente eu iria estar fazendo outra coisa na vida. Eu só tenho a agradecer a ele, pelas criações, por poder brincar com os personagens dele", a fala é do quadrinista paraibano Deodato Borges Filho, o Mike Deodato, ao comentar a morte de Stan Lee. O pai de diversos heróis, roteirista e editor da Marvel Comics, morreu na última segunda-feira (12).

Ao falar sobre a influência de Stan Lee na sua vida pessoal e profissional, Deodato nos remete a lembrança que no 'Metaverso' existe alguma terra onde Stan Lee não existiu, nem influenciou seu trabalho. Em outra terra Deodato é gerente de banco ou motorista de ônibus, já em outra terra Stan Lee nunca morreu.

Em depoimento para a rádio CBN João Pessoa, Deodato falou não apenas da influência de Stan Lee em sua vida profissional, mas lembrou da energia, da criatividade e da vivacidade dele. Para Deodato conhecer "o criador" foi como conhecer o Papai Noel.

"Eu tive um encontro bem rápido [com Stan Lee] em 2012, em uma convenção, e o cara é uma energia! Positivo sempre! Assim, ele acha tudo o máximo, se você disser: olhe eu tirei essa catota do nariz, ele diz: Uau, que catota incrível! vamos fazer o "homem-catota" disso [risos]. O cara vibra com tudo, e ele faz qualquer pessoa sentir como se ele conhecesse há anos. E essa mesma energia ele colocava nos quadrinhos. Todo esse estilo Marvel de trama de energia em cada página, tudo à flor da pele, tudo urgente, foi dele mesmo, da personalidade do próprio Stan Lee. Então assim, para mim foi uma honra poder trabalhar com os personagens dele e conhecer ele foi meio como conhecer Papai Noel, fiquei meio tímido lá, feito uma criança, porque o cara, para quem é 'nerd' ele é o Papai Noel dos nerds." disse Mike Deodato.

O homem que humanizou os heróis

O quadrinista paraibano Ricardo Jaime lembrou que Stan Lee foi o criador de heróis humanos que precisam lidar com as consequências do poder.

"O Stan Lee, além daquela grande força criativa que era, ele conseguiu nos mostrar que os heróis podem ser humanos, podem ser falhos, que não importam suas habilidades ou poderes, sempre haverá uma consequência e eles precisam sempre ter uma responsabilidade por suas ações. Conseguiu nos mostrar um outro lado dos super-heróis, sempre cativou e isso vai fazer muita falta", afirmou.

Opinião semelhante é compartilhada também pelo jornalista Audaci Júnior. Especialista em quadrinhos, Júnior lembra que nos Estados Unidos, o seguimento de gibis de super-heróis é um dos preferidos do público e Stan Lee foi responsável por uma mudança importante no estilo.

"Ele deu novos rumos para o gênero, o Homem-Aranha, por exemplo, era um adolescente que tinha problemas como qualquer um leitor, ele escondia os segredos da tia, ele sofria bullying na escola, ele tinha que comprar o leite e fazer o dever de casa ao mesmo tempo em que combatia o crime. Isso humanizava, estreitava a relação com os leitores", disse Júnior, lembrando ainda que Lee foi responsável por introduzir no mercado heróis dentro de uma perspectiva de diversidades como o herói negro Pantera-Negra, o Demolidor, que é cego, o Professor Xavier, que é cadeirante e os X-Men, que representam ainda essa diversidade celebrada por Stan Lee.

Imagem

Fred Martins

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