VIDA URBANA
MPPB adere à campanha internacional de combate à violência contra a mulher
Ação internacional é liderada atualmente pela Organização das Nações Unidas.
Publicado em 27/11/2018 às 7:34 | Atualizado em 27/11/2018 às 13:46
O Ministério Público da Paraíba aderiu na tarde desta segunda-feira (26) à campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, uma ação internacional liderada atualmente pela Organização das Nações Unidas, mas que está repercutindo de diferentes formas em várias partes do mundo.
A adesão oficial do MP foi confirmada na tarde desta segunda-feira, em sessão ordinária do Colegiado de Procuradores de Justiça, e em âmbito local ganhou como lema a convocação de “vamos juntos virar esta página!”.
Assim, pelos 16 próximos dias serão realizadas uma série de ações no sentido de conscientizar a população para o tema e para convocar cada vez mais paraibanos a se juntarem ao combate à violência contra a mulher.
Por meio de nota, o Ministério Público da Paraíba lembrou que o laço branco que simboliza a campanha em todo o mundo faz alusão ao “Massacre de Montreal”, quando um homem invadiu uma escola da cidade canadense em 1989 e matou 14 mulheres por causa de motivações misóginas.
E, numa tentativa de alertar que o problema é de todos, e não apenas delas, o MP conclamou os homens a também aderirem à luta pelo fim da violência de gênero. A propósito, o tal laço vai ficar exposto em todos os eventos da campanha ao longo dos 16 dias, e quem deixar sua assinatura nele estará simbolicamente registrando que adere à luta.
No Estado, a mobilização está sendo encabeçada pelo procurador Valberto Lira, do Núcleo de Políticas Públicas do MP paraibano, e vai ter a colaboração direta das promotoras Rosane Araújo e Dulcerita Alves, titular e auxiliar da Promotoria da Mulher; além de Jovana Tabosa, 2ª promotora da Saúde de João Pessoa.
São 16 os temas a serem debatidos de forma mais incisiva neste período, todos ligados ao tema principal da campanha: feminicídio; violências sexual, obstétrica, doméstica, simbólica, institucional, moral, no campo, no trabalho, contra idosas e contra mulheres lésbicas e transsexual; machismo; abandono no cárcere; mulheres infectadas com doenças sexualmente transmissível pelos parceiros; racismo e preconceito e erotização da infância.
Entre os eventos já confirmados pela campanha, destacam-se o 1º Seminário Sobre Violência Doméstica, marcado para os dias 3 e 4 de dezembro; a reunião do Fórum de Combate à Violência Obstétrica, no dia 4 de dezembro; e a reunião do MPPB para discutir o combate à violência doméstica, em 6 de dezembro.
A promessa é que, com a sequência dos debates e da campanha, o MP adote uma agenda ainda mais incisiva em torno deste tipo de discussão.
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