COTIDIANO
Peritos deixam presídio após coletar material genético de pai de Isabella
Em seguida, equipe seguiu para prisão onde está Anna Carolina Jatobá. Material será comparado com sangue recolhido à época do crime.
Publicado em 06/11/2009 às 13:02
Do G1
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) coletaram na manhã desta sexta-feira (6), em um presídio em Tremembé, a 147 km de São Paulo, material genético de Alexandre Nardoni, acusado de matar a filha, Isabella Nardoni, em março do ano passado. A informação é do promotor do caso, Francisco Cembranelli, que presenciou a coleta.
Agora, a equipe do IC segue para a penitenciária feminina na mesma cidade, onde será coletado material de Anna Carolina Jatobá, mulher de Alexandre e também acusada de matar Isabella.
A decisão pela coleta é do juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri de São Paulo. O promotor Cembranelli, o pai de Alexandre, Antônio Nardoni, e dois advogados da equipe de Roberto Podval, que defende o casal, também foram a Tremembé.
De acordo com a decisão do juiz, caso eles se recusem a fornecer sangue, foi determinado que os peritos recolham duas amostras de material genético, como mucosa da parte interna da boca ou bulbo capilar.
O material será comparado com amostras de sangue recolhidas à época do crime – que seriam do próprio casal - e preservadas pelos institutos.
Defesa
O pedido de coleta partiu dos próprios defensores do casal. Os advogados querem verificar a origem do sangue depositado no Instituto de Criminalística. Podval esclareceu, entretanto, que não quer que sejam retiradas amostras de sangue de seus clientes. Ele prefere que seja retirado material genético da mucosa da boca ou do cabelo.
O casal alega que não cedeu sangue para a perícia na época do crime, segundo seus advogados. O Ministério Público afirma o contrário: que sangue foi recolhido deles.
O promotor Cembranelli explicou que o material coletado nesta sexta será confrontado com as amostras que seriam de sangue do casal, armazenadas pelos órgãos públicos desde a morte da menina. “Ele [juiz] determinou que fosse colhido o material para que fosse comparado com as amostras de sangue que o casal disse nunca ter fornecido”, afirmou Cembranelli.
Segundo o promotor, não há relação entre as amostras do casal com o sangue encontrado no apartamento. “Eu nunca disse que o sangue encontrado no apartamento era de qualquer um deles. O sangue do apartamento é todo da menina”, afirmou Cembranelli. O sangue que teria sido recolhido na época do crime foi usado, de acordo com o promotor, para exames toxicológicos e uma comparação genética.
Em maio deste ano, o juiz havia determinado a preservação dos materiais genéticos arquivados no IC e no IML para “assim permitir a realização de futuras diligências para comprovar suas origens, no futuro, se necessário”.
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