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CULTURA

Luz, câmera, poesia

Poesia é tema da sessão do Tintin Cineclube desta quarta-feira (24); sessão irá exibir curtas-metragens sobre a obra de quatro poetas brasileiros.

Publicado em 24/10/2012 às 6:00


No artigo 'Cinema: instrumento de poesia' (1958), o cineasta espanhol Luís Buñuel declarava que "o cinema é o melhor instrumento para exprimir os sonhos, emoções e instintos".

Cientes disso, os paraibanos da Academia Brasileira de Documentaristas (ABD) elegeram a poesia como tema para o Tintin Cineclube desta quarta-feira, em João Pessoa.

A sessão gratuita, que ocorre hoje, às 19h30, no Espaço Cine Digital, exibe curtas-metragens sobre a obra de quatro poetas brasileiros: Manoel de Barros, Nauro Machado, Augusto dos Anjos (1884-1914) e Paulo Leminski (1984-1989).

Abrindo a exibição, Caramujo-Flor (Brasil, 1988), estreia do carioca Joel Pizzini, faz colagens de fragmentos sonoros e visuais do poeta matogrossense Manoel de Barros, vencedor de dois Jabutis e autor de Escritos em Verbal de Ave (2011), com a participação de músicos como Ney Matogrosso e Tetê Espíndola. O curta ganhou prêmios de melhor direção e fotografia no Festival de Brasília de 1988.

Na sequência, a Paraíba participa do programa lembrando o Eu (1912) de Augusto dos Anjos com Transubstancial (Brasil, 2003), de Torquato Joel. O curta tem direção de arte de José Rufino, direção musical de Eli-Eri Moura, som direto de Sílvio Da-Rin e carrega nomes fortes no elenco, como Walmar Pessoa, Fernando Teixeira, Luís Carlos Vasconcelos e Zezita Matos.

Nauro Machado, poeta das ruínas de São Luís (MA), é homenageado com Infernos (Brasil, 2006), produção de Fernando Machado que venceu o Festival Internacional de Valência (Espanha), em 2007.

Encerrando a programação de hoje do Tintin Cineclube, Meu Nome É Paulo Leminski, de Cézar Migliorin, traz um embate de pai e filho com os versos do curitibano. O vídeo mereceu a menção honrosa do Chicago Onion City Experimental Film and Video Festival de 2005.

Imagem

Jornal da Paraíba

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