COTIDIANO
Planos de saúde terão de cobrir transplante de medula
Novas regras entram em vigor no dia 1° de junho deste ano. Planos terão também de cobrir novos tipos de exames.
Publicado em 12/01/2010 às 10:22
Do G1
Os planos de saúde passarão a ter de cobrir transplante de medula óssea para todos os seus beneficiários. Esta é uma das mudanças trazidas por uma resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicada nesta terça-feira (12) no Diário Oficial.
As alterações nas regras dos planos de saúde entram em vigor no dia 1° de junho deste ano. As mudanças atendem 44 milhões de pessoas que tem planos de saúde contratados a partir de 2 de janeiro de 1999.
O transplante de medula que passará a ser coberto pelos pacotes de referência dos planos é aquele feito por doação de outra pessoa viva. A principal indicação deste transplante é para o tratamento de leucemia.
Segundo a ANS, constam das novas regras alguns tipos de exames na área de genética, também indicados para a detecção de leucemia. Terão de ser cobertos pelos planos 17 novos tipos de exames, como um novo procedimento para a descoberta de diabetes.
Os planos terão também de cobrir cirurgias de tórax por vídeo. De acordo com a Agência, são 26 tipos de cirurgia por vídeo, que são menos invasivas, que terão de ser cobertas.
Novas tecnologias também estarão nos pacotes básicos dos planos de saúde. Segundo a ANS, está nesta lista o PET-Scan, exame indicado para a detecção de câncer pulmonar e linfomas. O implante de marcapasso multissítio também será coberto.
Mais consultas
As novas obrigações dos planos de saúde incluem também mais consultas nas áreas de fonoaudiologia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional.
De acordo com as informações da ANS, o número de consultas a psicólogos no plano básico sobe de 12 para 40 por ano. Na área de fonoaudiologia, o total de consultas sobe de 6 para 24, enquanto nas áreas de nutrição e terapia ocupacional vai de 6 para 12.
Não haverá mais limite para a internação em hospital para o atendimento à saúde mental, até agora limitado em 180 dias. Segundo a ANS, a intenção é reforçar a política de evitar as internações em clínicas psiquiátricas.
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