CULTURA
Litoral fecha 17ª Mostra
Cerimônia de premiação encerra oficialmente a 17ª edição da Mostra Estadual de Teatro, Dança e Circo neste sábado (10).
Publicado em 09/11/2012 às 6:00
A 17ª edição da Mostra Estadual de Teatro, Dança e Circo chega nesta sexta-feira a sua última noite de apresentações no Teatro Santa Roza, em João Pessoa.
O evento será encerrado oficialmente amanhã, na cerimônia de premiação que homenageará os artistas Maurício Germano, Major Palito, José Enoch e Elpídio Navarro, morto no mês de julho.
Dois espetáculos de fora do eixo João Pessoa-Campina Grande apresentam-se hoje na programação da mostra, que começa a partir das 19h30: O Menino Catador de Histórias, do Grupo Teatro Sala Verde, de Cabedelo; e Nau Q Cirandô, do Tap Arretado, de Lucena.
Os espetáculos foram selecionados, respectivamente, para o segmento oficial (não competitivo) e paralelo (competitivo) do evento. Fecha a agenda de hoje à noite outro espetáculo da mostra oficial: Bulir ou Não Bulir?, da Cia. de Teatro Encena, de João Pessoa.
Segundo Heráclito Cardoso, coordenador do Grupo Teatral Sala Verde, ter uma peça de Cabedelo participando da mostra é motivo de admiração na cidade situada a 15 quilômetros de João Pessoa, que tem seu próprio teatro (o Santa Catarina), mas que permanece de portas fechadas para a produção local.
"Apesar de termos artistas de reconhecimento estadual como Madalena Accioly e Ribamar de Souza, a gente não tem espaço para fazer arte e temos que migrar para outras cidades", conta o autor de O Menino Catador de Histórias, espetáculo já circulou pelo interior e faz sua primeira grande apresentação hoje à noite em João Pessoa.
O Grupo Teatral Sala Verde foi formado em 2009 com alunos do bacharelado em Teatro da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Metade da equipe é formada por pessoenses e a outra metade por atores de Cabedelo que se deslocavam para a capital para estudar o ofício teatral.
Para Alessandra Melo, "coração" do grupo Tap Arretado, a situação é ainda mais difícil: "Lucena é uma cidade praieira e a arte do sapateado não caiu ainda no gosto do povo", diz a diretora de Nau Q Cirandô, espetáculo de dança que aplica a técnica do sapateado americano a danças regionais embaladas por uma trilha sonora composta de cirandas e canções de Paulo Ró.
"Fazemos um trabalho de formiguinha e de vez em quando temos que bater na porta da prefeitura atrás de patrocínio", afirma a diretora, que também dança no palco com as oito integrantes do corpo de baile. "A expectativa é de ganhar o cachê para comprar sapatos novos para o grupo".
A Tap Arretado é um dos sete grupos que concorrem nesta edição da Mostra Estadual pelos dois prêmios de R$ 2.500 oferecidos pela Fundação Espaço Cultural (Funesc) para os melhores espetáculos.
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