COTIDIANO
Dilma pede reforma no Conselho de Segurança
Presidenta participa da 4ª Cúpula do Brics, onde estarão presentes, o primeiro-ministro da Índia, e os presidentes da África do Sul, China e Rússia.
Publicado em 29/03/2012 às 6:30
A presidenta Dilma Rousseff defendeu ontem, em Nova Delhi, na Índia, as reformas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e das instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Dilma disse que Brasil e Índia querem um sistema internacional “mais democrático”. As informações são da Agência Brasil.
“O Brasil e a Índia compartilham o desejo de construir um sistema internacional mais democrático, enraizado no direito internacional, voltado para a cooperação e a paz”, ressaltou a presidenta, que recebeu hoje o título de doutora honoris causa da Universidade de Nova Delhi.
Os líderes dos países que compõem o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – querem a ampliação nos assentos permanentes do Conselho de Segurança da ONU e das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. Para o Brics, a economia sólida e em crescimento dos países do bloco deve ser considerada para essas mudanças sugeridas nos órgãos internacionais.
No discurso, a presidenta reiterou ainda que o Brasil apoia as negociações pacíficas na busca por acordos em regiões em crise, como a Síria e o Afeganistão, sem a ingerência de forças e pressão estrangeiras. Segundo ela, Brasil e Índia são contrários às ações unilaterais e autoritárias. A afirmação é uma resposta à pressão dos Estados Unidos e da União Europeia em relação ao tema.
“[O Brasil e a Índia] rejeitam as ações unilaterais e doutrinas que enfatizam o uso da força”, disse a presidenta. Segundo Dilma, brasileiros e indianos são favoráveis à busca pelo consenso e ao multilateralismo.
A presidenta chegou na terça-feira à Índia onde fica até sábado.
Ela participa da 4ª Cúpula do Brics. Nas reuniões estarão presentes, além de Dilma, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes da África do Sul, China e Rússia.
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