PF diz que quadrilha usava "laranjas"

Os servidores facilitavam a concessão de aposentadorias rurais e urbanas, além de pensões por morte. A quadrilha é acusada de usar documentos falsos para comprovar a contribuição e obter os benefícios, além de forjar certidões de nascimento falsas com a finalidade de emitir documentos de contribuintes ‘fantasmas’.

O superintendente da Polícia Federal na Paraíba, Marcello Diniz Cordeiro, explicou como o esquema funcionava. “Antes mesmo do benefício ser concedido eles usavam ‘laranjas’ para conseguir empréstimos consignados em bancos. Havia documentação falsa, como certidão de óbito para concessão de pensão por morte. Eles conseguiam esse benefício retroativo para levantar o maior montante possível de dinheiro”, explicou.

Com os acusados foram encontradas cédulas de identidade em branco, que serão encaminhadas à perícia para saber se são falsificadas ou oficiais. Caso fique comprovado que foram feitas em papel moeda, a polícia vai investigar se houve desvio de cédulas em órgãos públicos do Estado. “A maior parte das provas conseguimos colher com o próprio sistema do INSS, que está mais fácil de ser auditado”, revelou Adriano Moreira, da PF em Campina.