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POLÍTICA

Construtoras envolvidas na CPI do Tesoureiro devem ter sigilo quebrado

Comissão vai vasculhar as contas e ligações telefônicas de empresas  que pretaram serviço em CG na gestão do ex-prefeito Veneziano.

Publicado em 07/08/2015 às 11:00

As empresas JGR Construções, Compec e Contérmica e seus respectivos sócios proprietários terão os sigilos fiscais e telefônicos quebrados, bem como serão alvo de sindicância patrimonial pela Comissão Parlamentar de Inquérito que apura denúncias de caixa dois, improbidade administrativa, licitações fraudulentas e desvios de recursos oriundos da Tesouraria da Prefeitura Municipal de Campina Grande para campanhas eleitorais na gestão do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo e que também teriam beneficiado o então candidato a senador Vital do Rêgo Filho, hoje ministro do Tribunal de Contas da União. Os primeiros passos da comissão foram discutidos na reunião de instalação que também decidiu pela mudança do nome da CPI.

Em atendimento ao pedido do vereador Rodolfo Rodrigues (SD), indicado pela bancada de oposição, o presidente João Dantas (PSD) e o relator Alexandre do Sindicato (PROS) aceitaram mudar o nome da comissão para CPI do Tesoureiro em substituição a Lava-Rêgo, visto que vai apurar as denúncias do ex-tesoureiro Rennan Trajano. Ficou decidido que os requerimentos, determinando as quebras dos sigilos, a solicitação de cópias dos contratos e aditivos das empresas com a prefeitura vão ser votados na segunda reunião da comissão, na próxima segunda-feira, às 14h, bem como as datas e os nomes das pessoas que vão prestar depoimentos.

“Após a quebra dos sigilos fiscais e bancários das empresas e seus proprietários e seus respectivos balanços patrimoniais e com toda a documentação em mãos, vamos convocar os empresários para prestar depoimentos, o ex-tesoureiro, ex-secretários municipais e um ex-vereador”, adiantou João Dantas. Entre os ex-secretários, ele citou Júlio César Cabral (Finanças) e Alex Azevedo e Alexandre Almeida, que comandaram a Secretaria de Obras na gestão de Veneziano.

Em relação às denúncias de Rennan Trajano de que vereadores teriam recebido mensalinho do Poder Executivo para aprovar projetos de Veneziano na Câmara, mas que não são objeto da CPI, o relator Alexandre do Sindicato disse que no decorrer das investigações este tema poderá ser investigado. Já Rodrigo Ramos disse que só vai avalizar na CPI provas documentais. “Denúncias sem provas não levam a nada”, alfinetou o oposicionista.

Para o deputado e ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo, a exclusão da denúncia de mensalinho mostra a parcialidade da CPI e que seu objetivo é claramente político. “A decisão de direcionar a investigação apenas para a sua gestão e excluir a denúncia de que vereadores teriam recebido dinheiro mostra que a CPI já nasce totalmente desacreditada”, reafirmou ele.

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Jornal da Paraíba

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