Detento lidera tráfico de dentro do presídio

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) autuou em flagrante na manhã de ontem um presidiário que cumpre pena em regime fechado na Penitenciária de Segurança Máxima da capital.

Do interior do presídio Sílvio Porto, Fábio Eduardo Lira Bezerra, de 33 anos, controlava uma rede de tráfico de drogas que atuava nos bairros de Mangabeira, Torre e São José.

De acordo com as investigações da DRE, para controlar o tráfico de drogas o apenado conhecido por ‘Fábio Gordo’ utilizava um telefone celular, através do qual enviava mensagens e fazia ligações para seus aliados que distribuíam a droga para ‘bocas de fumo’.

“O Fábio era o líder da quadrilha e desde o início do ano, durante a operação ‘Renascimento’, nós constatamos que ele controlava a venda de drogas no bairro São José, Mangabeira e Torre. Uma prisão importante realizada terça-feira nos ajudou a confirmar o envolvimento do apenado com o tráfico. Com esta prisão João Pessoa fica mais tranquila”, disse Wagner Dorta, gerente executivo de Polícia Civil Metropolitana.

Desde o início deste ano, onze pessoas que trabalhavam para ‘Fábio Gordo’ foram detidas pela DRE. A autuação em flagrante do apenado foi possível após informações repassadas por cinco pessoas presas na madrugada de ontem e início da noite da última terça-feira, em uma ação em que foram apreendidas aproximadamente 2,5kg de entorpecentes, entre cocaína e crack.

“Estas pessoas afirmaram que recebiam ordens do Fábio através de ligações e mensagens. Elas inclusive nos mostraram este material que aliado a subsídios de outros flagrantes nos auxiliou a efetuar a prisão em flagrante do apenado”, explicou o delegado Allan Murilo Terruel, titular da DRE. O celular não foi localizado.

Fábio cumpre pena no Sílvio Porto por homicídio, tráfico de drogas, associação ao tráfico e porte ilegal de arma, mas negou ter envolvimento na rede de tráfico na qual é apontado como líder. Este é o segundo presidiário autuado em flagrante por tráfico de drogas em uma semana.

DETECTOR DE METAL
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) irá adquirir 300 detectores de metal que poderão flagrar a existência de celulares com apenados e visitantes. De acordo com o coronel Arnaldo Sobrinho, gerente do Sistema Penitenciário, atualmente a Seap dispõe de 50 detectores distribuídos nas unidades prisionais de grande porte do Estado.

“Para coibir a entrada de celulares e chips nós estamos estabelecendo algumas rotinas de procedimentos, como o uso do detector de metal, porém o sistema é falho e pode deixar passar algum aparelho”, explicou.