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COTIDIANO

Mulher diz que primo morreu após passar por clínica de Rafael Ilha

Homem de 31 anos morreu no início da noite desta sexta-feira (19) em Embu Guaçu, na Grande São Paulo, pouco antes de chegar ao PS Central da cidade.

Publicado em 20/09/2008 às 19:18

Do G1

Um homem de 31 anos morreu no início da noite desta sexta-feira (19) em Embu Guaçu, na Grande São Paulo, pouco antes de chegar ao PS Central da cidade. A prima dele procurou a polícia e disse que a morte ocorreu horas depois de ele ser levado de casa por funcionários da Comunidade Terapêutica Ressurreição, do ex-polegar Rafael Ilha. Segundo a prima, o pai da vítima afirmou que foi o próprio Rafael Ilha que socorreu o homem ao hospital.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o homem foi levado para o pronto-socorro da cidade por volta das 18h15, onde chegou morto. Ele estava na casa de parentes quando teria sido levado, às 16h, por funcionários da clínica de reabilitação. Mais tarde, de acordo com a versão do boletim de ocorrência, teve convulsões e morreu antes de chegar ao hospital.

A prima do homem esclareceu que ele era dependente químico e que havia saído da clínica de Rafael Ilha há seis meses. O caso foi registrado como morte a esclarecer. Foram solicitados exames para esclarecer a causa da morte.

O G1 entrou em contato neste sábado (20) com o advogado do ex-polegar, José Vanderlei dos Santos, que afirmou que só vai se pronunciar sobre o caso após ter acesso ao registro da polícia. Ele adiantou, entretanto, que a administração da clínica informou que não houve nenhum óbito de pacientes no local nesta sexta.

O advogado disse não ter conhecimento sobre a ida de funcionários da comunidade terapêutica até a casa da vítima nem de que seu cliente teria levado o homem até o hospital.

Santos também afirmou que o estabelecimento está regularizado, tendo cumprido todas as exigências necessárias após a interdição, ocorrida em abril.

Histórico

Rafael foi preso em flagrante no dia 1º de julho por tentativa de seqüestro, formação de quadrilha e usurpação de função pública. Ele foi acusado de tentar, junto com outras duas pessoas, colocar à força em um carro a esteticista Karina Costa, de 28 anos.

O ex-cantor informou à polícia que o ex-marido dela tinha entrado em contato e pedido para que a mulher fosse internada na clínica de reabilitação contra dependentes químicos do ex-Polegar. Ele recebeu a liberdade provisória no dia 18 de julho.

O Grupo Polegar estourou em 1989, com a música "Dá Para Mim", e chegou a vender um milhão de discos. Rafael Ilha deixou o grupo em 1991. Depois disso, o ex-vocalista acumulou passagens pela polícia. Ele foi preso pela primeira vez em setembro de 1998, quando tentava assaltar pessoas num cruzamento para comprar drogas. Ele roubou um vale-transporte e uma nota de R$ 1 de uma balconista na Zona Sul de São Paulo.

No ano seguinte, ele foi detido por dirigir uma moto na contramão. Depois, foram duas outras prisões por porte de cocaína. Em 2000, o ex-integrante do grupo Polegar passou mal depois de engolir uma caneta, três isqueiros e uma pilha, durante uma crise de abstinência. Meses depois, ele ingeriu outras duas pilhas e precisou ser submetido a uma cirurgia, em um hospital de São Paulo, para a retirada dos objetos.

Em 2005, foi detido em Itapecerica da Serra, em frente à clínica dele, com uma arma calibre 380, com numeração raspada. Ele acabou autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Em setembro de 2007, o ex-Polegar voltou à delegacia, mas como vítima. Rafael se dirigiu à residência de um jovem de 30 anos com intuito de convencê-lo a se internar. De acordo com a polícia, quando o homem percebeu a chegada do ex-vocalista, acabou fugindo em seu carro. Rafael passou a persegui-lo e, após um tempo, o jovem parou o carro e teria agredido o ex-cantor.

Imagem

Jornal da Paraíba

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