POLÍTICA
Presidente da Cagepa enfrenta sabatina na Assembleia da PB
Inadimplência de prefeituras e órgãos públicos, como hospitais e escolas, se tornou o foco principal dos debates.
Publicado em 30/05/2012 às 8:00
A atual situação financeira da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) e o pedido de empréstimo no valor de R$ 120 milhões à Caixa Econômica Federal, que o governo do Estado enviou ao Poder Legislativo para sanear as dívidas da empresa foram debatidos ontem durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa.
A inadimplência de prefeituras e órgãos públicos, como hospitais e escolas, no entanto, acabou se tornando o foco principal dos debates.
Após ausência na audiência pública no âmbito da Comissão de Desenvolvimento, que seria realizada na última segunda-feira, o presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, compareceu à sabatina com os deputados em sessão improvisada na manhã de ontem. Ele garantiu que a empresa não será privatizada, mas expôs um quadro alarmante de endividamento devido à inadimplência. “A empresa vem se desestruturando há bastante tempo. Quando assumimos a Cagepa, em janeiro de 2011, ela já devia R$ 180 milhões apenas aos bancos, provenientes de empréstimos contraídos em 2007, no valor de R$ 170 milhões, com quitação até 2010”, afirmou.
Queiroga informou ainda que, no ano passado, a Cagepa teve prejuízo de R$ 14 milhões, porém bem menor do que o verificado em 2010, quando o prejuízo da Companhia foi de R$ 50 milhões.
“A empresa foi usada muitas vezes de forma equivocada. Passou três anos sem reajustar suas tarifas. Agora aumentamos a arrecadação e reduzimos custos. Com isso, conseguimos diminuir o prejuízo, em relação ao ano anterior”, declarou.
O presidente da Cagepa pediu a sensibilidade da Casa, justificando a urgência da situação da empresa. “O que tramita na Casa é um projeto de lei para que o Estado seja avalista do empréstimo da Cagepa. O empréstimo chega a R$ 120 milhões junto à Caixa Econômica, com dois anos de carência e mais 60 meses para pagar. Apresentamos a documentação desde outubro e esta é a única forma que temos para sanear as dívidas da empresa”, disse.
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