COTIDIANO
Filme: protestos se propagam
Novos protestos contra um filme anti-islâmico de produção norte-americana foram registrados ontem em vários países muçulmanos.
Publicado em 18/09/2012 às 8:00
Novos protestos contra um filme anti-islâmico de produção norte-americana foram registrados ontem em vários países muçulmanos, deixando ao menos uma pessoa morta. Desde a semana passada, a onda de violência chegou à Europa e à China. As representações diplomáticas dos Estados Unidos e de países aliados são alvos das manifestações. As informações são da Agência Brasil.
Na capital do Afeganistão, Cabul, houve trocas de tiros entre policiais e manifestantes. Carros da polícia foram queimados. No Paquistão, na região de Khyber Pakhtunkhwa, um manifestante foi morto durante troca de tiros com a polícia. Em Peshawar, uma das maiores cidades do país, estudantes saíram às ruas em protesto.
Nas Filipinas, cerca de 3 mil pessoas queimaram bandeiras israelenses e norte-americanas na cidade de Marawi. No Iêmen, um protesto de estudantes pediu a expulsão do embaixador dos Estados Unidos no país. Houve protestos também na Indonésia, em territórios palestinos e na região indiana da Caxemira. Ainda são esperados protestos no Líbano, após uma convocação do Hezbollah.
O filme Innocence of Muslims (Inocência dos Muçulmanos, em tradução livre), uma produção amadora feita nos Estados Unidos, gerou uma onda de violência em países muçulmanos, por retratar Maomé e o islamismo de forma ofensiva.
Na semana passada, um ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, matou o embaixador norte-americano Chris Stevens e três funcionários. A representação foi invadida e incendiada.
Demissão
O Ministério do Interior da Líbia demitiu ontem dois chefes de segurança de Benghazi, no leste do país, após a morte do embaixador dos Estados Unidos, Christopher Stevens, na última terça-feira.
A pasta afastou o vice-ministro da região leste, Wanis al Sharef, e o diretor da Segurança Nacional em Benghazi, o general Hussein Bu Hmida.
De acordo com o primeiro documento, a demissão de Sharef foi decidida pelo Conselho de Ministros em uma reunião do dia 12 de setembro, um dia depois da morte do embaixador.
Em outro texto assinado pelo ministro do Interior, Fawzi Abdelali, foi decidido nomear o Coronel Salahedin Doghman diretor da Segurança Nacional de Benghazi, a segunda maior cidade do país. O coronel Doghman substitui o general Hussein Bu Hmida neste cargo.
O ministério do Interior ainda não nomeou um substituto para o cargo de Wanis Sharef como vice-ministro encarregado da região leste. (Com Folhapress)
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