ESPORTES
Ricardo monta time e disputa campeonato na quadra
Ricardo reuniu o filho, um primo e alguns amigos e montou o R1 Bodycenter Academia.
Publicado em 30/09/2012 às 8:00
O campeão olímpico de vôlei de praia Ricardo Santos ainda joga em alto nível. E já disse que aos 37 anos vai tentar brigar nos próximos quatro para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando tentaria conquistar sua quarta medalha (além do ouro dos Jogos de Atenas 2004, tem também uma prata em Sydney 2000 e bronze em Pequim 2008). Mesmo com esse difícil objetivo à frente, ainda gasta tempo de seu lazer em quadra, jogando vôlei.
Ricardo reuniu o filho, um primo e alguns amigos e montou o R1 Bodycenter Academia, time que leva o nome da academia de ginástica que montou em João Pessoa, e está jogando o Campeonato Paraibano de Vôlei de Quadra modalidade adulto. Era para tudo ser uma grande brincadeira, mas o fato é que o campeão olímpico e sua turma já estão nas semifinais da competição.
Apesar dos bons resultados, Ricardo faz questão de dizer que o único objetivo do time é mesmo a diversão. Mesmo assim, durante as partidas, não é difícil ver o atleta reclamando com os companheiros de quadra quando alguém erra uma ou outra jogada.
“Este é meu momento de lazer. Meu jeito de me divertir fora do lado profissional. Eu amo voleibol. É um prazer jogar, seja na praia ou em quadra. Queremos motivar o esporte, mexer um pouquinho com o vôlei no Estado. Mas às vezes sofro dentro da quadra, pois eles não são profissionais e eu quero cobrá-los como se fossem. Nós não treinamos juntos. Só nos reunimos para jogar. Então vamos nos acertando durante o jogo mesmo”, explica Ricardo entre risos.
A falta de entrosamento ficou claro nos dois primeiros sets da última partida disputada contra o Parayba Vôlei Clube/IFPB, no Ginásio do IFPB de João Pessoa. O time de Ricardo começou mal, e os adversários logo abriram 2 sets a 0. Os jogadores do R1 erravam saques, recepções e também deixavam a bola cair na quadra, esperando que um companheiro de equipe fosse na jogada. Mas, conseguiu reagir e chegar à virada por 3 a 2, garantindo a vaga nas semifinais.
O campeão explica ainda que sofre com a adaptação da praia para a quadra, o que dificulta um pouco o seu jogo.
“O piso aqui é duro e não tem o vento que tem na praia. O posicionamento também é um pouco estranho, pois aqui a gente anda pela quadra e não fica num ponto fixo, como na praia. O fato de ter mais jogadores ajuda, porque você divide melhor as jogadas. Mas ao mesmo tempo é difícil, pois você acredita que o companheiro vai pegar a bola e às vezes ele não vai. Isso acontece basicamente por causa da falta de treinos do nosso time,” justifica.
Torcida na praia não se repete na quadra
Durante o jogo contra o Parayba Vôlei Clube/IFPB, o baiano de nascença, que atualmente faz questão de dizer que é paraibano de coração, passou por uma situação que está pouco acostumado quando joga no Brasil. O time do medalhista olímpico não contou com o apoio da torcida, que era formada por alunos do IFPB. Quando Ricardo ou algum jogador do R1 Bodycenter pegavam na bola, a torcida vaiava intensamente.
Mas isso não afeta Ricardo, tão acostumado com competições internacionais. Nem tira seu bom humor. Após a partida, inclusive, o medalhista olímpico aproveitou para elogiar o nível dos times que vem enfrentando durante a competição.
“As equipes que a gente tem enfrentado são muito bem formadas e treinadas. Isso dificulta muito a nossa vida. Sobretudo, a equipe de hoje, que, apesar de ser muito jovem, já tem uma rotina de treinos forte e um técnico para orientá-los. Então, quando nós vencemos, é gratificante, pois estamos aqui para nos divertir”, finalizou.
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