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VIDA URBANA

Invasão traz impactos ambientais

Este ano não houve demolições de ocupações, mas o número de notificações chega a 170.

Publicado em 17/06/2012 às 8:00

Em toda a faixa litorânea do Estado foram demolidas 25 edificações em 2011, segundo dados da SPU. As praias do Litoral Norte e toda a faixa da União localizada no Litoral Sul são regiões que preocupam o órgão, por conta do número de ocupações irregulares. Este ano não houve demolições de ocupações, mas o número de notificações chega a 170, sendo que os estabelecimentos ainda estão em funcionamento por conta de liminar judicial.

O biólogo Caio Zettelini, da Guajiru, Organização Não Governamental (ONG) que monitora os impactos ambientais causados por edificações na faixa litorânea paraibana, explica os impactos .“Toda interferência humana em qualquer ecossistema tira o equilíbrio local. O principal impacto é causado pelo despejo irregular do esgoto e dos lixos nas praias, que acabam sendo ingeridos pelos animais. A praia se transforma em um ambiente estéreo, um depósito de areia com gente em cima”, revelou o biólogo.

O Município de Cabedelo é responsável por grande parte das ocupações irregulares do Estado. Na praia de Camboinha, considerada a região mais grave em número de ocupações irregulares do Litoral Norte, são cerca de 20 barracas notificadas pela SPU. Na praia do Poço, existem cerca de 7 estabelecimentos comerciais. Outra praia com comércio irregular em funcionamento é Intermares, que possui um estabelecimento. A praia é famosa por ser região de desova de tartarugas marinhas.

A Superintendente da SPU na Paraíba, Daniella Bandeira,acredita que em breve as edificações serão removidas. “Essas ações saíram da esfera administrativa para a esfera judicial. Mas estamos confiantes, pois são áreas de uso comum do povo. Um único indivíduo, no caso, o proprietário do estabelecimento comercial, não pode fazer uso particular, com bens financeiros, daquilo que é de propriedade pública”, explicou.

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Jornal da Paraíba

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