ECONOMIA
Dezembro é tempo de renda extra
Saiba o que é preciso para você ganhar uma renda extra com a chegada das festividades de fim de ano.
Publicado em 02/12/2012 às 18:20
Com a combinação de criatividade, uma boa oferta de crédito e uma dose de empreendedorismo, a época do Natal pode ser uma fonte de renda bastante viável para quem estiver precisando de um dinheiro extra. O mês de dezembro, que tem ainda as festividades de Réveillon, possibilita que variados setores da economia incrementem seu faturamento, seja no comércio ou na prestação de serviços.
Para quem não tem uma empresa e pretende iniciar um negócio na própria residência, as opções são variadas. Talento, visão de mercado e praticidade são essenciais no momento da escolha de qual ramo seguir, conforme explica o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marconi Medeiros.
“Muitos setores lucram nessa época. Além de alimentos, como panetones, bolos e biscoitos, a procura por peças de artesanato vem crescendo bastante, pois muita gente opta por esse tipo de produto para dar de presente. O interessado pode partir também para o ramo das confecções mais populares ou para a venda de brinquedos e de pequenos aparelhos eletrônicos, áreas extremamente rentáveis na reta final do ano”, declarou, estimando em 10% o incremento pelo qual o comércio deve passar no mês que vem sobre dezembro de 2011.
O investimento no setor de serviços é outro ponto lembrado pelo empresário como uma estratégia de faturar mais nesta época.
“Cresce mesmo nesse período, especialmente trabalhos de decoração, já que as pessoas promovem muitas festas durante todo o mês e também costumam arrumar a casa, além dos serviços de pintura de residências. São ideias simples para os empreendedores, mas que são capazes de fazer a diferença no final das contas”, recomendou Marconi.
O consultor do Sebrae-PB Martinho Montenegro ressalta ainda que, antes de pôr o negócio em prática, é preciso fazer um planejamento. Entre os pontos que devem ser analisados estão as habilidades do empreendedor, o espaço disponível no mercado para o ramo no qual se pretende atuar e o público-alvo.
“Não tem data melhor para o varejo do que o fim do ano, por isso é necessário que seja feito um plano de negócio. É preciso avaliar o que a pessoa sabe fazer. Se for alguém que tenha talento para decoração, ela deve tentar investir nisso e não em um ramo no qual é completamente leiga”, recomendou.
Além de quem trabalha como pessoa física, as empresas de pequeno porte que já estão em funcionamento no mercado devem ter mais uma série de preocupações. Para Martinho, a palavra de ordem é “antecedência”. “Os donos das lojas precisam fazer os pedidos dos produtos, contratar novos vendedores, prepará-los e mudar o visual do estabelecimento. Tudo isso atrai o consumidor”, alertou o especialista.
Ter foco em uma determinada classe consumidora é outro fator primordial que pode fazer a diferença nas vendas. Sobre o assunto, a recomendação do Sebrae é que o empresário avalie o mercado local, estudando a concorrência e o consumidor em potencial da região.
“É bom focar em um público com poder aquisitivo menor, ainda mais se esse trabalho for mais informal, só um bico para o empreendedor. O ideal é procurar vender para mercearias, fiteiros, mercadinhos de bairro e outros estabelecimentos desse tipo. O preço pode ser um grande diferencial também. Se um panetone custa em torno de R$ 15,00 a R$ 18,00 no supermercado, é recomendável tentar vendê-lo por uns R$ 10,00”, aconselhou Martinho, destacando a preocupação com embalagens elaboradas como mais um caminho para o sucesso nessa época.
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