Inadimplência registra queda de 19% em JP

Diferentemente do quadro de fevereiro, a inadimplência em João Pessoa voltou a cair e registrou queda de 19% em março, quando comparado ao mesmo mês de 2013.

No último mês, o número de inclusões no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) foi de 2.098 consumidores, enquanto no mesmo período de 2013 atingiu 2.592 pessoas, ou seja, uma redução de 494 compradores. Mas no trimestre, a capital paraibana fechou no vermelho, acumulando alta de 1,57% na lista de devedores em relação aos primeiros três meses do ano passado. De janeiro a março foram computadas 6.449 inclusões e em 2013 foram 6.349.

Neste mesmo período, a cidade ainda apresentou uma baixa de 10,15% no número de pessoas que conseguiram reaver o crédito no comércio.

Os dados foram do diretor do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de João Pessoa, Lindembergh Vieira. No trimestre deste ano foram registradas 4.184 exclusões e em 2013 o quadro foi melhor, com 4.609 consumidores que pagaram suas dívidas, ou seja, 425 pessoas a menos este ano.

Um dado pouco animador foi que a quantidade de exclusões no mês de março teve queda de 14,85%. Foram 1.135 consumidores este ano contra os 1.333 em 2013, o que significa menos 198 compradores reabilitados.

Segundo o diretor do SPC em João Pessoa, já era previsível que o pessoense se recuperasse da inadimplência registrada em fevereiro, que havia crescido 49%. “Os moradores de João Pessoa são bons pagadores. O problema é que em fevereiro acumularam-se vários gastos como as matrículas e o material escolar, IPVA, além disso tudo, somou-se ainda as contas do fim do ano, que foram parceladas no cartão de crédito”, avalia Lindembergh Vieira.

Para Lindembergh Vieira a tendência é que a situação melhore ainda mais em abril. “Isso porque as pessoas querem se preparar para as compras do Dia das Mães. O problema é que as elas ainda temam em emprestar seus cartões de crédito a terceiros e essa ação representa 23% da inadimplência na cidade”, destacou.

O presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB), Artur de Melo, afirmou que a queda do endividamento nas duas principais cidades do Estado está mais atribuída à redução do volume de compras devido à desaceleração da economia.

“O pessoal está comprando menos e assim repercute em menos atrasos de prestações, pois sobram mais recursos para quitar suas dívidas a cada mês”, explicou.

Sobre a melhora do mercado de trabalho da Paraíba no primeiro bimestre, quando registrou saldos positivos históricos, o presidente Artur de Melo frisou que o impacto dessa renda só será sentida ainda nos próximos meses.

Contudo, ele Artur revela que o cenário do setor no segundo trimestre deste ano ainda continua indefinido,. “As projeções do varejo para a Copa do Mundo ainda são uma incógnita”, declarou.

EMPREGOS

Vale lembrar que a capital paraibana registrou em janeiro e fevereiro os melhores saldos de empregos da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego. Foram 2.975 postos criados no bimestre, meses normalmente de baixa do emprego.

O saldo da capital paraibana em janeiro foi de 678 pessoas admitidas e em Campina Grande foram 293 novas contratações. Em fevereiro ocorreram 2.269 contratações em João Pessoa e na Rainha da Borborema foram 106 contratações. Inseridos no mercado de trabalho, os pessoenses terão mais possibilidade de quitar seus débitos.

DÍVIDAS EM ATRASO CAEM 29% EM CG NO MÊS DE MARÇO

Em Campina Grande, a queda da inadimplência foi ainda mais forte que na capital em março (-29%). Foram 1.103 devedores com contas em atraso em março de 2013, contra os 779 deste ano. Já o número de exclusões apresentou queda de 12%, ou seja menos pessoas conseguiram “limpar o nome” no comércio. Em 2013 foram 654 devedores e este ano 578.

Os dados são da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande (CDL-CG). No trimestre, a situação da Rainha da Borborema foi bem positiva, com uma queda de 33% na quantidade de pessoas inadimplentes. Mas a base comparativa com o ano passado foi bem relevante nos primeiros três meses. Foram 4.489 no ano passado contra 3.016 deste ano.

O número de exclusões no período caiu 4%, com 2.170 consumidores que recuperaram o crédito no ano passado e 2.092 reabilitados no comércio este ano.