COTIDIANO
Brasil vai ganhar "guerra" dos biocombustíveis, diz Lula
Para o Presidente, principais ataques vêm de empresas petrolíferas e pretende expandir tecnologia a países africanos e sul-americanos.
Publicado em 09/06/2008 às 7:27
Do G1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira (9), em seu programa semanal “Café com o presidente”, acreditar que o Brasil vai ganhar a “guerra comercial” que envolve o uso dos biocombustíveis.
Para Lula, a defesa da tecnologia durante a cúpula da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) foi importante para mostrar que o Brasil não teme as críticas ao programa e pode expandi-lo por meio de parcerias com os países africanos, caribenhos e sul-americanos. “Era importante dizer isso porque há uma verdadeira guerra comercial”, enfatizou.
O presidente afirmou que os principais ataques aos biocombustíveis vêm das empresas petrolíferas. Ele disse conhecer também os “interesses” dos países que não produzem etanol ou produzem etanol a partir do milho. “Ele é mais caro, não é competitivo, ao contrário, da cana”, afirmou, destacando que o álcool produz menos gás carbônico do que os outros combustíveis. “Fui para defender a diminuição do uso de combustíveis fósseis. Até porque todos os países do mundo assinaram o Protocolo de Quioto e têm de diminuir a emissão de gases de efeito estufa, mas poucos estão cumprindo isso”, completou
Rebatendo críticas - Para Lula, as principais críticas à tecnologia são infundadas. O presidente classificou como absurda a afirmação de que a cana-de-açúcar aumentaria o desmatamento da Amazônia. “Apenas 21 mil hectares de cana estão plantados perto da Amazônia. Mostramos para eles que a distância do local que se planta cana no Brasil para a Amazônia é de milhares de quilômetros”, disse.
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