COTIDIANO
Ameaça de catástrofe na Síria
Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, alertou ontem sobre as ameaças de uma “catastrófica guerra civil” na Síria.
Publicado em 01/06/2012 às 8:00
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, alertou ontem sobre as ameaças de uma “catastrófica guerra civil” na Síria. Para ele, os riscos aumentaram depois do massacre de 108 pessoas, inclusive crianças, em Houla, no centro do país. Anteontem, organizações não governamentais informaram sobre um massacre de 13 homens – mortos a tiros – cujos corpos foram encontrados com as mãos e os pés amarrados. Informações são da Agência Brasil.
“Os massacres, como o do último fim de semana, podem mergulhar a Síria em uma catastrófica guerra civil. Guerra civil da qual o país vai ter dificuldades para se recompor”, alertou Ki-moon durante o fórum com os chamados parceiros da Aliança de Civilizações.
Para ele, é fundamental implementar o plano de paz negociado pelo emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, e negociar o fim da violência na região. A estimativa é que mais de dez mil pessoas tenham morrido em cerca de 14 meses de conflitos. “Peço para que a administração síria honre seu compromisso de aplicar o plano de paz de Annan”, apelou.
Na última terça-feira Kofi Annan conversou com o presidente sírio, Bashar Al Assad, e pediu que ele “tome medidas corajosas” encerrando a onda de violência. Segundo Assad, as dificuldades são impostas por “terroristas armados”, ele nega a ação nos massacres.
Ki-moon lembrou ainda que os cerca de 300 observadores da ONU que estão na Síria são “os olhos e os ouvidos” da comunidade internacional para que “responsáveis pelos crimes possam prestar contas”. “Nós não estamos lá [na Síria] para assumir o papel de um observador passivo perante atrocidades sem nome”, disse ele.
PORTUGAL
A exemplo dos governos da Europa, dos Estados Unidos, do Japão, da Turquia e da Austrália, o de Portugal anunciou ontem a expulsão da embaixadora da Síria em Lisboa, Lamia Chakkour.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal informou que a diplomata síria é persona non grata no país.
A embaixadora Lamia Chakkour responde pela França e por Portugal, além de desempenhar funções na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A expulsão dela da França ocorreu há dois dias. O governo do Brasil informou que não pretende expulsar os diplomatas sírios acreditados no país.
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