Vila Belmiro pode ser interditada

O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmidt, revelou ontem que pode interditar a Vila Belmiro após o episódio no qual a ambulância destacada para o jogo entre Santos e Atlético-MG, na noite desta quarta, não conseguiu adentrar ao gramado do estádio para atender o zagueiro Rafael Marques, do Galo.

Segundo o representante do STJD, o Peixe deve ser denunciado no artigo 211 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por deixar de garantir estrutura necessária para a realização de uma partida de futebol, que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil e interdição do estádio até a resolução do problema.

“Já solicitei as imagens da TV e irei analisar a súmula da partida, para avaliar uma possível interdição do estádio até que sejam satisfeitas as condições necessárias para atendimento médico aos atletas. É o momento de apurar todos os fatos”, disse Schmidt.

A diretoria santista, por sua vez, garantiu que obras serão realizadas no estádio para resolver o problema. Com isso, a cúpula alvinegra acredita que a Vila Belmiro deve ser liberada para o duelo com o Náutico, na próxima quinta, em casa.

“O Santos esclarece que realizou vistoria técnica ainda na madrugada desta quinta-feira, na Vila Belmiro, para avaliar os acontecimentos da partida entre Santos e Atlético-MG. A comissão chefiada pelo vice-presidente Odílio Rodrigues já detectou que obras devem ser feitas para permitir o acesso de ambulâncias ao campo. Elas devem estar finalizadas antes da partida entre Santos x Náutico, no dia 25 de outubro, que é o próximo jogo marcado para o estádio”, informou o clube praiano, por intermédio de nota oficial.

Caso a questão seja solucionada em breve, Paulo Schmidt ponderou que a interdição pode ser revista e o estádio considerado apto para receber o jogo do Santos contra o Timbu.

“Posso entrar com pedido cautelar para a interdição imediata da Vila. Mas isso pode perder efeito se as obras forem feitas a tempo pelo Santos. Não descarto que isso perca efeito”, concluiu o procurador-geral.