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VIDA URBANA

Número de estudantes no Fies cresce 498,5%

Número de estudantes que aderiram ao Fies passou de 955 para 5.956 na Paraíba.

Publicado em 07/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 22/05/2023 às 12:41

Entre os anos de 2010 e 2012, o número de estudantes na Paraíba que aderiram ao Fundo de Financiamento do Estudante do Ensino Superior (Fies) aumentou 498,5%, passando de 995 em 2010 para 5.956 dois anos depois, de acordo com dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), agente operador do programa desde 2010.

Um dos paraibanos que fazem parte desta estatística é o estudante de Nutrição Bruno Freitas, de 25 anos, que desde 2011 conseguiu o financiamento para custear em 75% as mensalidades da faculdade privada em que estuda em João Pessoa.

“Na época em que prestei vestibular para o curso, ele custava mais de R$ 500,00 por mês e eu não tinha condições de pagar. Por isso recorri ao Fies e graças a ele estou estudando e até já trabalho na área, com suplementação infantil. Este é um programa que realmente muda a vida das pessoas que não podem pagar por uma educação superior de qualidade”, ressaltou.

Com previsão para conclusão do curso em 2015, Bruno dará início ao pagamento do financiamento apenas em 2016 e terá entre quatro e seis anos para exclusão da dívida, cujas prestações custarão em média R$160,00 mensais.

Ainda segundo o FNDE, ainda não há dados por Estado relativos a 2013, no entanto, em todo o país, o quantitativo de estudantes que contrataram o Fies, até dezembro do ano passado, foi de 1.105.457, distribuídos pelos últimos quatro anos. Em 2010, foram formalizados 75.931 contratos, 153.566 contratos em 2011, 368.840 contratos em 2012 e em 2013, em todo o Brasil, esse número chegou a 507.120, o que representou um crescimento nacional entre 2010 e 2013 superior a 500%.

Com relação aos valores contratados eles foram de R$ 2,6 milhões em 2010, R$ 5,3 milhões em 2011, R$ 12,7 milhões em 2012 e no passado chegou a R$ 17,4 milhões. Os valores são financiados exclusivamente pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

O aumento de 569,2% nos valores investidos ao longo destes anos em todo o Brasil ocorreu, segundo o secretário-executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim, graças ao estabelecimento de novas regras que impulsionaram a procura pelo financiamento estudantil, como a redução dos juros para 3,4% ao ano e o aumento do prazo de carência (18 meses) e de amortização (três vezes o período financiado, acrescidos de 12 meses).

“As mudanças no Fies ajudaram a alcançar essa marca, além disso, o programa se adequou às necessidades dos estudantes, uma vez que desde 2010, o pedido de financiamento pode ser feito em qualquer período do ano”, afirmou José Henrique Paim.

De 2010 a 2012, no Brasil, o curso mais procurado é o de Direito, com 94.053 contratos, seguido de administração (50.469), Enfermagem (47.905) e Engenharia Civil (37.433).

Segundo Paim, a expectativa para 2014 é firmar mais 400 mil contratos.

O programa financia de 50% a 100% dos encargos educacionais, de acordo com a renda familiar mensal bruta e com o comprometimento dessa renda com os custos da mensalidade. Apenas estudantes com renda familiar mensal bruta de no máximo 20 salários mínimos podem requerer o financiamento.

ALUNOS DEVEM ESTAR MATRICULADOS

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação (MEC) destinado à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC.

Podem requerer o financiamento os estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) oferecidos por instituições de educação superior participantes do Fies. Os candidatos ao benefício devem ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

É vedada a inscrição no Fies a estudante cuja matrícula acadêmica esteja em situação de trancamento geral de disciplinas no momento da inscrição; que já tenha sido beneficiado com financiamento do Fies; que esteja inadimplente com o Programa de Crédito Educativo; cujo percentual de comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita seja inferior a 20% e cuja renda familiar mensal bruta seja superior a 20 salários mínimos.

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Jornal da Paraíba

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