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VIDA URBANA

Detentos fazem protesto em CG

Movimento, encerrado no início da tarde, foi pacífico e não precisou da intervenção; detentos denunciaram problemas na unidade.

Publicado em 22/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/07/2023 às 12:33

Presos do Serrotão, em Campina Grande, realizaram uma manifestação na manhã de ontem para reivindicar melhorias.

Com cartazes, faixas e gritos eles denunciaram problemas como a falta de alimentação adequada, superlotação das celas e maus tratos. Os detentos também pedem a saída da direção.

O movimento, encerrado no início da tarde, foi pacífico e não precisou da intervenção policial. A direção nega todas as acusações e diz que segue o procedimento padrão determinado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap).

O protesto teve início por volta das 9h. Os detentos aproveitaram o momento em que os pavilhões foram abertos para o banho de sol e subiram nos telhados. Eles afirmam que a comida que vem sendo servida é estragada e alguns presos estão há 3 dias sem comer. “Eles nem servem boa comida e não deixam entrar as quentinhas que as nossas visitas trazem”, protestavam os presos.

Os detentos também denunciaram que estavam sendo torturados e alguns também reclamaram que está havendo maus tratos contra os familiares, durante as revistas para as visitas. Outro problema relatado pelos presidiários se refere a superlotação das celas. Atualmente o presídio tem um contingente de 716 pessoas, número que é superior ao dobro de sua capacidade máxima, que é de 320 presos. Além disso, os detentos reclamam que vários processos estão parados, sem data para julgamento.

Segundo o diretor do presídio, Manoel Osório, as acusações sobre falta de alimentação e comida estragada são falsas.

Sobre a proibição da entrada de quentinhas trazidas por parentes, ele explicou que tais alimentos não podem entrar na unidade porque o presídio tem uma cozinha própria para preparação das refeições. “É uma determinação da Secretaria de Administração Penitenciária, e por isso só podem entrar os itens que já são pré-determinados”, explicou.

Manoel Osório também negou a prática de tortura e maus tratos contra presos e parentes. Para o diretor, tais denúncias são reflexo das mudanças que ocorreram dentro do presídio para intensificar a segurança e evitar a entrada de objetos ilícitos.

MP PEDE INTERDIÇÃO DO SERROTÃO

O Ministério Público da Paraíba pediu a interdição do Complexo Penitenciário do Serrotão, em Campina Grande. O complexo é formado pela Penitenciária Padrão, Presídio Feminino e Penitenciária Raymundo Asfora (Serrotão). As três unidades abrigam cerca de 1.500 presos, quando a capacidade máxima seria de aproximadamente 500. De acordo com o promotor Arlindo Almeida, o pedido de interdição foi motivado pelas condições estruturais do complexo. “A medida é para forçar o governo do Estado, através dos órgãos competentes, a fazer melhorias nessas unidades prisionais, que apresentam problemas nas celas, nas cozinhas, nas guaritas de segurança e até mesmo nos alojamentos dos servidores ”, relatou.

O JORNAL DA PARAÍBA não localizou o secretário da Administração Penitenciária, Walber Virgolino, para falar sobre o protesto e o pedido de interdição do complexo.

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Jornal da Paraíba

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