PB se dispõe a identificar corpos do voo 447, mas não foi cogitada

Karoline Zilah
Com informações da Agência Brasil

Apesar de ainda não ter sido solicitado, o Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba se prontificou a colaborar na identificação dos corpos das vítimas do acidente com o voo 447, da Air France. O diretor Antônio Toscano disse que está à disposição para prestar serviços em parceria com o Instituto Médico Legal de Recife, uma vez que a Paraíba dispõe um laboratório de DNA forense, enquanto a Capital do estado vizinho não tem.

Em contato com o Paraíba1, o diretor do Instituto Médico Legal de Recife, Boanerges Paes Galindo Filho, se resumiu a comentar que ainda não cogitou essa parceria. A princípio, a assessora de imprensa da Secretaria de Segurança e Defesa Social de Pernambuco, major Paula, afirmou que o IML recebeu o reforço de oito policiais federais especialistas na identificação de corpos.

Cinco deles são de Brasília e dois de Recife. Ela também afirmou que, caso sejam necessários exames de reconhecimento por DNA, eles deverão ser realizados pela Polícia Federal.

Em nota divulgada na última quarta-feira (3), o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, não descartou a hipótese de Pernambuco pedir a ajuda de outros Estados e, principalmente, de embaixadas dos países de origem de vários passageiros.

Um plano de crise foi elaborado com base em três diferentes cenários, montados a partir da quantidade hipotética de corpos resgatados. Segundo a assessoria da secretaria, se os 228 corpos forem levados ao IML, um local alternativo à sede do instituto será montado para abrigar as equipes técnicas ou os serviços do IML que não estejam ligados à identificação das vítimas do voo 447 serão transferidos para hospitais públicos da região.

Até o momento, segundo informações oficiais, a Marinha e a Aeronáutica brasileira, além da Marinha francesa, localizaram 16 corpos. A assessora de imprensa comunicou que todos os peritos do IML estão concentrados em Fernando de Noronha para uma força-tarefa de recebimento das vítimas. Trabalham na operação 329 papiloscopistas, 105 médicos legistas e 167 peritos.

A chegada de nove corpos a Fernando de Noronha acontece apenas na manhã da terça-feira. Eles já serão entregues ao IML com dados de impressão digital para que as informações sejam cruzadas com parentes das vítimas, sendo possível chegar à identificações.