COTIDIANO
Rebelião em presídio de Sousa vira alvo de inquérito da Polícia Civil
A confusão começou após a confirmação da morte de um apenado que tinha sido transferido no dia anterior para o presídio de Cajazeiras.
Publicado em 17/11/2011 às 8:00
Detentos da Colônia Penal Agrícola de Sousa, no Sertão do Estado, promoveram uma rebelião e destruíram um dos pavilhões da unidade na noite da última terça-feira. A confusão começou após a confirmação da morte de um apenado que tinha sido transferido no dia anterior para o presídio de Cajazeiras.
Todos os 41 detentos que estavam no pavilhão destruído foram transferidos para a Cadeia Pública de Sousa.
A Polícia Civil determinou a abertura de inquérito para apurar as causas da rebelião na Colônia Penal. “Recebemos da Secretaria de Segurança a determinação de apurar o caso.Vamos solicitar a vinda da perícia para constatar os danos causados, e já designamos o delegado Vicente Honório para ficar à frente das investigações”, adiantou Gilson Teles, delegado da 9ª Regional da Polícia Civil.
A rebelião durou cerca de duas horas e teria sido iniciada por quatro parentes do detento encontrado morto em Cajazeiras. Everaldo Soares da Silva, de 23 anos, mais conhecido como “Everaldo do Massapê” foi transferido pela direção da Colônia Agrícola de Sousa, após ter agredido outros três detentos com golpes de espeto e depois ter tentado suicídio.
Ele já havia tentado matar outros três apenados quando esteve detido em Cajazeiras, e por isso, não queria ser transferido pra lá.
Ele foi morto por enforcamento e a polícia ainda investiga a suspeita de que ele se matou.
A gerência do Sistema Penitenciário (Gesipe) informou que vai aguardar o resultado das investigações para identificar os líderes da rebelião, que serão transferidos para outros presídios da região.
A data da transferência ainda não foi definida, mas os detentos deverão ser relocados para o presídio de Cajazeiras.“Eles serão autuados e o objetivo é retirar os cabeças. Este foi um caso isolado e não um problema geral da unidade”, avaliou o coronel Cláudio Nascimento, gerente do Gesipe.
Destino
Os 41 detentos deverão ser redistribuídos para os presídios de segurança máxima em Cajazeiras, Catolé do Rocha e Campina Grande enquanto a estrutura do pavilhão destruído não é recuperada. Provisoriamente, todos os envolvidos ficarão na Cadeia de Sousa, usada atualmente como Casa de Albergue.
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