COTIDIANO
Paz na Colômbia só em 2013
Acordo de paz entre governo e Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia só será concluído em novembro de 2013.
Publicado em 04/12/2012 às 6:00
As negociações em busca da paz na Colômbia levarão mais tempo do que o planejado inicialmente, admitiu no último domingo (2) o presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Ele acredita que o acordo de paz só será concluído em novembro de 2013.
Desde 18 de outubro, negociadores do governo Santos e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) tentam buscar soluções para o conflito. As informações são da Agência Brasil.
Autoridades de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega fazem a mediação. “Este não pode ser um processo de anos, mas de meses. O que significa que não deve durar além do próximo ano, novembro [de 2013], no mais tardar”, disse o presidente colombiano, durante entrevista coletiva em Cartagena das Índias.
Para Santos, é fundamental que a sociedade mantenha a colaboração na tentativa de conseguir a paz na Colômbia. “[Peço para a sociedade] ter paciência e não exigir resultados imediatos”, disse. “[Há uma mesa de negociações] na qual são discutidos temas muito complexos”.
Na semana passada, o chefe da delegação do governo, Humberto de la Calle, disse que o diálogo progredia “em conformidade com o previsto”. Em comunicado conjunto, as Farc e o governo informaram que amanhã haverá nova etapa de reuniões sobre desenvolvimento rural.
Também devem ser discutidos, em outra etapa de negociações, os temas relativos à participação das Farc na vida política, o fim das hostilidades, o combate ao narcotráfico e os direitos das vítimas.
Em aproximadamente meio século de confrontos, cerca de 600 mil pessoas morreram, segundo estimativas não oficiais.
As Farc têm 48 anos de existência e são o mais antigo grupo de guerrilha da América Latina. Segundo as autoridades colombianas, a organização reúne 9.200 combatentes.
CONFLITO
Pelo menos 20 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram mortos durante um ataque do Exército colombiano a um dos acampamentos do grupo, na região de Nariño, próximo à fronteira com o Equador..
O coronel Luis Emilio Cardoso, da Brigada 23 do Exército, disse apenas que é o Ministério Público que está encarregado de prestar informações. O ataque ocorre no momento em que as Farc e o governo colombiano negociam um acordo de paz.
O ataque ocorreu há três dias, no município de Ricaurte, perto da fronteira com o Equador, no Sudoeste da Colômbia.
Os militares disseram ainda que Guillermo Pequeño, apontado como um dos líderes das Farc na região, foi morto.
As Farc anunciaram um cessar-fogo unilateral no dia 20 como sinal de "boa vontade" com o processo de paz, mas o governo Juan Manuel Santos ratificou que não haverá trégua de ações militares durante as negociações.
Comentários