Obra com 'pegada' de filme B é lançada em JP

“A HQ tem uma pegada muito forte de filme B. Queria fazer uma aventura ‘trash’ do tipo ‘road movie’ com comédia extravagante”, explica o paraibano Juscelino Neco, que lançará nesta sexta-feira em João Pessoa o álbum intitulado Parafusos, Zumbis e Monstros do Espaço (Veneta, 112 páginas, R$ 24,90).

A obra ganhará uma sessão de autógrafos na loja especializada Comic House, localizada na Av. Nego, 255, em Tambaú, a partir das 19h.

De acordo com o quadrinista natural de Campina Grande e radicado em São Paulo, seu primeiro trabalho longo veio na contramão do que se tem produzido no Brasil – algo mais ‘sentimental’ que “perdeu um pouco da extravagância de como os quadrinhos nacionais eram antigamente”.

O álbum traz a história de Dolfilander, um sujeito que passa o dia jogando videogame, mas é incapaz de lidar com os problemas da vida adulta.

Certo dia, um acidente envolvendo um parafuso o tira de sua rotina pacata e o envolve com mortos-vivos, alienígenas, gorilas falantes e conspirações interplanetárias.

Segundo Neco, suas principais influências são três ‘clássicos’ filmes de terror: O Massacre da Serra Elétrica (1974), de Tobe Hooper, Evil Dead (1981), de Sam Raimi, e Fome Animal (1992), de Peter Jackson. “Referências andam na moda hoje em dia, mas eu tentei contar uma boa história”.

LAERTE
Resultado de um ano de trabalho, um dos primeiros a ler Parafusos, Zumbis e Monstros do Espaço foi o quadrinista Laerte, que sugeriu procurar o editor da Veneta, Rogério de Campos. Segundo o paraibano, o aval do criador de Piratas do Tietê foi importante para agilizar o lançamento do álbum, já que tinha outras editoras interessadas.

“Algumas histórias – como esta do Juscelino – não perdem força quando você conta o que vai aparecer – como faz o título desta do Juscelino”, chegou a avaliar Laerte.