COTIDIANO
Operação transfere 279 presos do Monte Santo para o Serrotão
Tranferência teve a participação de mais de 160 policiais militares e agentes penitenciários. Presídio do Monte Santo será transformado em albergue. Veja fotos da operação policial.
Publicado em 16/08/2010 às 10:20
Jorge Barbosa
Os 279 presos provisórios da Casa de Detenção do Monte Santo já estão alojados nas instalações do Presídio de Segurança Máxima do Complexo do Serrotão. A transferência aconteceu nas primeiras horas dessa segunda-feira (16). Coordenada pela Secretaria da Administração Penitenciária, a mega-operação contou com a participação de 120 policiais militares e 40 agentes penitenciários. Os presos foram transportados em ônibus. A Casa de Detenção vai passar a abrigar agora cerca de 400 presidiários que cumprem a pena em regime de albergue.
“Esse era um anseio antigo dos campinenses, ou seja, retirar do Monte Santo esse aspecto de presos provisórios para dar outra destinação”, disse o secretário Carlos Mangueira, que acompanhou toda a operação. Os presos foram transportados em três ônibus, sob forte escolta policial. A operação foi comandada pelo major Josiel Brandão de Melo, com equipes da Rotam e ainda com o reforço da cavalaria.
Os presos foram sendo retirados em pequenos grupos e postos nos ônibus. Em cada veículo foram transferidos, por vez, 51 presos provisórios. Do lado de fora, familiares acompanharam toda a operação.
A unidade Máxima do Serrotão foi desocupada na última semana, quando os presos que lá estavam foram transferidos para dois pavilhões do Complexo do Serrotão. De acordo com o secretário Carlos Mangueira, foram feitos alguns ajustes para receber os presos provisórios. Da mesma forma, a Casa de Detenção do Monte Santo vai passar por uma rápida reforma para abrigar os albergados.
Serão mais de 400 presos em regime de albergue, ou seja, que passam o dia na rua e retorna apenas para dormir na unidade carcerária. Como o Monte Santo possui espaço para acomodar pouco mais de 300 pessoas, vai haver uma superlotação. Nesse sentido, a Justiça já está estudando a possibilidade de fazer uma revisão da pena de alguns desses albergados e decidir se o remanejam para a condicional. Assim acontecendo, esse número será reduzido e adequado ao espaço físico do Monte Santo.
Enquanto o Monte Santo não fica pronto, os mais de 400 albergados continuam em prisão domiciliar. “Mas assim que as pequenas reformas forem concluídas, eles passarão a dormir todas as noites no Monte Santo. E a partir de agora, os presos provisórios ficarão na Máxima, que possui instalações melhores e mais seguras para abrigar esse tipo de preso”, disse Mangueira.
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