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CULTURA

"Sempre atuando"

Acumulando grandes filmes na sua carreira desde os anos 1950, cineasta Roman Polanski chega aos 80 anos de vida neste domingo (18).

Publicado em 18/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:10

“Você pode brigar comigo, Faye, mas nunca estarei errado. Eu sou o diretor”, terminava com a discussão o cineasta Roman Polanski no set de Chinatown (1974), quando o realizador arrancava os fios de cabelo da atriz Faye Dunaway, que o atrapalhava em uma cena.

Essa atitude resume muito do franco-polaco baixinho, que chega aos 80 anos de vida neste domingo. Ele já acumulou grandes filmes na sua carreira desde os anos 1950, junto também com as tragédias que o acompanham desde pequeno, quando estava fadado a se tornar um ilustre soldador, profissão sonhada pelo pai, um sobrevivente do Holocausto.

Algumas passagens sombrias de suas memórias foram retratadas no drama O Pianista (2002), filme em que o cineasta arrebatou o Oscar de Melhor Diretor, mas não pode pisar no tapete vermelho devido ao auto-exílio decorrente da acusação do estupro de uma garota de 13 anos, acontecido em 1977.

Em 1957, o jovem já sinalizava seu talento realizando seu primeiro filme, um curta-metragem intitulado Assassinato.

Antes mesmo de causar frisson na América, já chamava atenção com a repressão sexual alucinatória da depressiva Catherine Deneuve em Repulsa ao Sexo (1965) seu primeiro longa fora da Polônia.

Mesmo com esses trabalhos emblemáticos, a porta de entrada para o cinema de Polanski é o macabro O Bebê de Rosemary (1968). Dialogando com Repulsa... e o futuro O Inquilino (1976), o filme fez dele, então com 35 anos, o primeiro cineasta europeu não anglo-saxão do pós-guerra a ganhar prestigio em Hollywood.
Para a massiva maioria da opinião pública naquela época, Polanski tinha realmente vendido a alma ao diabo. O diretor chegou a brincar com o alvoroço quando um repórter foi lhe entrevistar, transformando seu quarto em uma gruta com cortinas negras e adornado com um (falso) crânio humano.

Também foi no ano de 1968 que o cineasta casou com a bela Sharon Tate. Ele conheceu a futura esposa quando dirigiu a comédia de terror A Dança dos Vampiros (1967). O produtor do filme descobriu a atriz nas gravações da série de TV A Família Buscapé e insistiu para que ela entrasse no elenco.

Sharon Tate protagonizou o epicentro de uma das maiores tragédias de sua vida: grávida de oito meses, ela foi brutalmente assassinada a facadas em sua mansão, na Califórnia, pela “família” do terrorista de guerrilha urbana Charles Manson, enquanto o diretor estava ausente, em Londres.

Mesmo com alguns fracassos na sua carreira, vide filmes como Piratas (1986) e O Último Portal (1995), Polanski continua na ativa. “Eu sou o homem do espetáculo. Estou sempre atuando”, chegou a declarar.

Seu mais recente trabalho, La Vénus à la Fourrure (com sua atual esposa Emmanuelle Seigner, 30 anos mais nova), permanece inédito no Brasil.

Intitulado D, seu próximo filme é baseado em um caso verídico de traição no exército francês ocorrido no século 19. A produção está prevista para estrear em 2014.

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Jornal da Paraíba

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