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COTIDIANO

Brasil tem 54,6 milhões de pessoas em moradias inadequadas

Esgoto, água e superlotação familiar foram alguns dos quesitos analisados. Gasto com aluguel é mais alto em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Publicado em 21/10/2008 às 13:19

Do G1

Pelo menos 34% da população brasileira vivem em moradias inadequadas nas cidades do País. O número, divulgado nesta terça-feira (21) pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Segundo a pesquisa, 54,6 milhões de pessoas vivem em residências sem rede de esgoto sanitário, com serviços inadequados de água ou em condições de superlotação familiar.

Na análise individualizada, entretanto, os indicadores apresentam resultados melhores. Quando observadas apenas a condições de moradia, a pesquisa mostra que 98,6% das casas urbanas são construídas com paredes e tetos de materiais duráveis; 97,5% têm banheiros exclusivos do domicílio; 99,8% contam com luz elétrica e 75,6%, com rede de telefonia fixa.

Em relação à superlotação familiar, 12,3 milhões de pessoas (7,8% da população urbana), moram em domicílios com mais de três pessoas por dormitório.

As maiores concentrações desse tipo de arranjo familiar, segundo o Ipea, estão em São Paulo (2,2 milhões de pessoas) e Rio de Janeiro (1 milhão de pessoas). Já os adensamentos mais críticos estão nas cidades de Belém (16,6%), São Paulo (11,7%) e Salvador (10,6%).

Aluguel


Outro indicador analisado pelo instituto é o gasto excessivo com pagamento de aluguel. Os dados mostram que 5,4 milhões de pessoas (3,4% da população urbana), afirmaram gastar mais de 30% de sua renda com o pagamento de aluguel para moradia. Em 2006, esse indicador era um pouco menor, de 3,2%.

Das dez regiões brasileiras analisadas, Brasília é a cidade em que os gastos com aluguel são mais intensos (6,9%). Em seguida, estão São Paulo (4,9%) e Rio de Janeiro (4,5%).

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Jornal da Paraíba

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