COTIDIANO
Farc pode pôr fim às ações violentas na Colômbia
São quase cinquenta anos de conflitos no país; Ministério das Relações Exteriores brasileiro ajudará no que for preciso.
Publicado em 07/09/2012 às 15:25
O comando das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confirmou ontem, em Havana, capital de Cuba, os nomes dos dois integrantes que estarão nas negociações de paz com o governo colombiano. São eles Iván Márquez e Santriz José. O anúncio foi feito em entrevista coletiva concedida pelo líder da guerrilha nas negociações, Mauricio Jaramillo. As informações são da Agência Brasil.
Na última terça-feira, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou oficialmente as negociações em busca de um acordo de paz. A primeira reunião ocorrerá em outubro, em Oslo, na Noruega. As negociações são mediadas pelos governos da Noruega, de Cuba, da Venezuela e do Chile.
O acordo se baseia em cinco pontos, inclusive a reinserção dos guerrilheiros na sociedade colombiana.
No total, dez pessoas deverão se envolver nas negociações que pretendem encerrar com quase meio século de conflitos na Colômbia, envolvendo assassinatos, torturas, sequestros e tráfico de drogas e armas. O principal negociador pelo governo é Humberto de la Calle.
No começo desta semana, o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timoshenko, disse que o diálogo será retomado “sem rancores”. Segundo ele, todos concordaram que é necessário buscar uma solução para o impasse.
O texto do acordo deve conter ainda estímulos ao desenvolvimento agrícola, garantias para o exercício da oposição política, o fim do conflito armado, a guerra contra as drogas e os direitos das vítimas.
No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse na última quarta-feira que o governo está à disposição para ajudar a Colômbia nas negociações no que for necessário. A presidenta Dilma Rousseff enviou carta ao presidente colombianao elogiando a iniciativa.
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