POLÍTICA
João escolhe segundo mais votado para cargo de defensor-geral
Ricardo Barros já estava respondendo interinamente desde a eleição da lista tríplice.
Publicado em 03/01/2019 às 9:33 | Atualizado em 03/01/2019 às 16:03
Segundo colocado da lista tríplice para escolha para o cargo de defensor-geral do Estado da Paraíba, o defensor público e subdefensor geral, Ricardo José Costa Souza Barros, foi o escolhido pelo governador João Azevêdo (PSB). Ricardo Barros, que já responde interina, vai comandar a Defensoria Pública da Paraíba pelos próximos dois anos. A portaria com a nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (3).
A lista tríplice foi definida no último dia 14 de dezembro. Na ocasião, foram eleitos atual presidente Madalena Abrantes com 142 votos, seguida por Ricardo Barros, com 124 sufrágios. Completou a lista o defensor público Alípio Bezerra de Melo com 103 votos.
Três candidatos participaram da eleição e ficaram de fora da lista. São eles: Vanildo Brito (87 votos), Otávio Araújo (85) e Elson Pessoa de Carvalho (84). Foram computados 12 votos como abstenção.
Carreira
Ricardo Barros é o atual subdefensor público-geral da Paraíba, o primeiro nomeado por livre escolha do defensor público-geral. Ele ocupa o cargo desde maio de 2018, após renúncia de seu antecessor.
Na carreira há 32 anos, ele é o único defensor público a participar das quatro formações do Conselho Superior da Defensoria Pública da Paraíba, tendo sido eleito como membro nas duas primeiras e ocupante da vaga destinada ao presidente da Associação Paraibana dos Defensores Públicos (APDP) na terceira formação.
Além do curso de Direito, o novo defensor geral também é formado em Administração de Empresas e possui dois cursos de aprimoramento em Processo Penal ministrado pela Escola Superior da Magistratura (Esma). Exerceu, ainda, o cargo de secretário geral do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Na Justiça
A eleição para defensor público-geral da Paraíba para o biênio 2019/2020 foi envolta de muita polêmica e ações judiciais. O imbróglio teve início após o Conselho Superior da Defensoria da Paraíba ter designado que a eleição seria realizada no 5º dia útil após o recesso forense, ou seja, no dia 11 de janeiro. Insatisfeito, o pré-candidato Vanildo Brito entrou com um mandado de segurança para que a eleição fosse realizada neste dia 14 de dezembro. O pedido foi acolhido no último dia 19 de novembro pela desembargadora do Tribunal de Justiça da Paraíba, Fátima Bezerra Cavalcanti.
Na peça, Vanildo acusou Madalena que tentar protelar a eleição para evitar de manobra para evitar que a lista tríplice seja submetida ao atual governador do estado, Ricardo Coutinho (PSB), que entrega o cargo no dia 1º de janeiro. Isso aconteceria adiando a eleição para o mês de janeiro.
Já Madalena Abrantes afirmou que o seu concorrente quer atropelar todos os prazos processuais com o objetivo contrário, para garantir que a escolha fique nas mãos de Ricardo, e não do governador eleito João Azevêdo (PSB). “Ele tem um parentesco com o governador e quer se valer disso para assegurar ser o escolhido na lista tríplice”, comentou a defensora.
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