Customização de chupetas e mamadeiras pode representar riscos

Para fugir do convencional e deixar as chupetas e mamadeiras com mais personalidade, muitas mamães acabam optando pela customização do produto, com a aplicação de cristais, pérolas e outros artefatos. O que poucas delas sabem é que para o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a customização é entendida como alteração do item e que o processo torna o produto inseguro, em virtude da grande possibilidade dessas peças aplicadas se soltarem durante o uso e manuseio pelo bebê, podendo ocasionar grave sufocamento e engasgo.

A estudante Dayane Araújo, 21 anos, está no quinto mês de gestação do primeiro filho, que já começou a ser mimado pelos familiares. O pequeno Dani Nícolas já foi presenteado com uma chupetinha, bem estilizada, cheia de pedrinhas e pérolas. Para a mamãe de primeira viagem, as aplicações não são vistas como risco. “Pretendo dar a ele enquanto for bebê, pois acho que não vai prejudicá-lo. Quando estiver maiorzinho, mais esperto, acredito que pode ser mais perigoso, por isso irei trocar por outra chupeta”, afirmou.

Contudo, Dayane disse que ainda não conversou com a pediatra sobre o assunto, mas caso a médica alerte que o produto é inadequado, ela irá suspender o uso. “Até então nunca ouvi nenhum caso de acidente com as chupetas personalizadas, mas se a pediatra disser que pode prejudicar meu filho eu não vou dar”, ressaltou.

O assunto divide opiniões e a universitária Irammaya Barbosa, 26 anos, mãe da pequena Lara Rebeca, de 1 ano e 6 meses, preferiu a prevenção. “É minha primeira filha e sempre procurei ter muitos cuidados com ela. Acho lindas as chupetas customizadas. Quem tem uma princesa em casa quer ter delas, porém tenho medo e preferi prevenir, até porque já ouvi depoimento de engasgo”, relatou.

Perigos
Segundo o Inmetro, o órgão está atento quanto à customização de produtos infantis, especialmente chupetas com a aplicação de cristais e outros adornos, pois além de sufocamento e engasgo, existem outros perigos, como a possibilidade de uma possível toxicidade dos cristais e outros artigos aplicados. O Inmetro informou que, atualmente, estuda medidas para o controle do problema, incluindo, eventualmente, a determinação da proibição da customização de produtos de uso infantil, especialmente aqueles que são levados à boca.