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VIDA URBANA

'Questão difícil para Igreja', diz Dom Delson sobre denúncia de crimes sexuais envolvendo padres

Arcebispo divulgou um vídeo onde não cita diretamente condenação e diz que Arquidiocese tem investigação interna.;

Publicado em 01/02/2019 às 11:00 | Atualizado em 01/02/2019 às 12:02


                                        
                                            'Questão difícil para Igreja', diz Dom Delson sobre denúncia de crimes sexuais envolvendo padres

				
					'Questão difícil para Igreja', diz Dom Delson sobre denúncia de crimes sexuais envolvendo padres
Dom Delson disse que estava de férias quando a reportagem foi divulgada (Foto: Reprodução).

O arcebispo metropolitano da Arquidiocese da Paraíba, Dom Manoel Delson, se pronunciou nesta sexta-feira (1º) sobre o escândalo de exploração sexual envolvendo padres paraibanos. Em vídeo publicado nas redes sociais, o religioso não fala diretamente sobre a multa de R$ 12 milhões que a igreja foi condenada a pagar pela Justiça do Trabalho, revelada em reportagem do Fantástico. Ele chama as denúncias de “questões difíceis” e diz que a Arquidiocese está fazendo a parte dela com um processo interno.

“Toda igreja com muita tristeza se vê se envolvida nessa onda de denúncias e sente profundamente que padres estejam sendo denunciados nos meios de comunicação, atingindo o que nós temos de mais sagrado, que é a nossa fé”, afirma Dom Delson no vídeo.

A denúncia que levou à condenação na Justiça do Trabalho cita quatro padres: Ednaldo Araújo dos Santos, Severino Melo, Ruy Braga e Jaelson Alves. Também é citado o arcebispo emérito Dom Aldo Pagotto. De acordo com o processo, os religiosos tiveram relações com coroinhas, seminaristas e também com flanelinhas que atuavam na área da Catedral Basílica de Nossa Senhora.

Dom Delson não fez menção à condenação e destaca o arquivamento da investigação pelo Ministério Público no campo da Justiça comum. “A arquidiocese está fazendo sua parte, existe um procedimento canônico, iniciado com a suspensão de ordem dos padres que foram investigados pelo Ministério Público em processo já arquivado”, pontuou o arcebispo. Ele disse que o procedimento está em fase de conclusão pelo Tribunal Eleciástico Regional Nordeste 2 e depois os pareceres vão ser enviados ao Vaticano.

É preciso destacar que o arquivamento citado por Dom Delson aconteceu por prescrição. O Ministério Público constatou que o tempo para a investigação já teria sido superado.

O arcebispo da Paraíba ressaltou que a igreja não mede esforços para que a Justiça seja feita e que "se houver culpados, que sejam responsabilizados”. “Repudiamos todo e qualquerato que atentem contra a dignidade humana, sobretudo quando se trata dos mais vulneráveis”.

Entidades criticam a Arquidiocese em nota

Coincidentemente, no mesmo em dia em que Dom Delson se posicionou publicamente, a Rede Interistitucional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes da Paraíba, formada por uma séria de entidades e organizações, divulgou uma nota criticando o comportamento da igreja diante do caso .

As entidades afirmam que é inaceitável que a Arquidiocese tenha se posicionado de forma crítica ao processo de investigação instaurado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), “eximindo-se das responsabilidades com atos graves que vão de encontro com as pautas da rede de proteção à criança e ao adolescente”.

O texto faz referência à uma nota divulgada pela Arquidiocese com críticas ao procurador Eduardo Varandas. A igreja alegou que ele teria violado “explicitamente” o sigilo judicial ao falar sobre o caso.

A Rede diz que Varandas sempre foi “um dos expoentes do Poder Público contra a exploração sexual de crianças e adolescentes e tem pautado sua atuação na legalidade, na probidade e no respeito aos primados do Estado do Direito.”

Imagem

Jhonathan Oliveira

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