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VIDA URBANA

Marvin Henriques é indiciado por uma morte em chacina na Espanha

Polícia Civil disse que provas só mostram participação na morte de Marcos Campos, tio de Patrick Gouveia. 

Publicado em 11/11/2016 às 12:17

Marvin Henriques Correia, suspeito de envolvimento na chacina da família de paraibanos na Espanha, foi indiciado por homicídio qualificado. O delegado Reinaldo Nóbrega confirmou nesta sexta-feira (11) que o inquérito foi encerrado e remetido à Justiça na segunda-feira (7). Para a Polícia Civil, ficou claro que o jovem teve participação apenas na morte de Marcos Campos Nogueira, tio de Patrick Gouveia, assassino confesso dos familiares.

O jovem de 18 anos está preso preventivamente desde o dia 28 de outubro. Segundo a Polícia Civil, as investigações comprovam que Marvin manteve contato direto com François Patrick Nogueira Gouveia, que confessou a chacina em Pioz, quando este matava o tio, Marcos Campos Nogueira, a esposa dele, Janaína Santos Américo, e os dois filhos pequenos do casal. As conversas teriam acontecido pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e Marvin teria, inclusive, dado dicas de como mutilar e ocultar os cadáveres.

Reinaldo Nóbrega explicou que analisou o inquérito e o material encaminhado pela polícia espanhola e disse que os autos mostram que Marvin só começou a conversar com Patrick quando Janaína e as crianças já estavam mortas. “Eu não posso indiciar ninguém por crime pretérito. Por isso que ele só foi indiciado como partícipe do homicídio de Marcos, por ele ter incentivado, instigado”, explicou.

O delegado disse ainda que não era possível afirmar que Marvin participou do planejamento do crime junto a Patrick Gouveia. “Agora, qualquer um que visse uma história dessas, aconselharia o amigo e pediria para parar”, completou.

O advogado de Marvin, Sheyner Asfora, disse que a conclusão da polícia de que o jovem não participou da premeditação do crime confirma a tese que a defesa já vinha colocando. Ele voltou a dizer que o cliente é inocente. “Com o decorrer do processo a Justiça vai entender que a conduta de Marvin não foi relevante para o crime”, declarou.

Na segunda-feira, a Justiça da Paraíba negou um pedido de liminar da defesa para garantir a liberdade de Marvin. Com isso, ele segue detido na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, em João Pessoa.


Relembre o caso

Os corpos da família paraibana foram descobertos no dia 18 de setembro. As autoridades foram alertadas por um vizinho 'que percebeu o odor' vindo da residência.

Inicialmente a Guarda Civil espanhola trabalhou com a possibilidade de ajuste de contas. Porém, com o avançar das investigações, descartou-se essa tese e, 15 dias após a descoberta dos corpos, o caso foi dado como encerrado. E François Patrick Nogueira Gouveia foi apontado como único suspeito, após a polícia achar material genético dele no local do crime.

Após se entregar na Espanha, Patrick confessou ser de fato o autor do crime. Em depoimento, ele não revelou os motivos que fizeram com que ele cometesse o assassinato, disse apenas que “sentiu uma ódio incontrolável e uma vontade de matar”.

No final de outubro, surpreendentemente, a Polícia Civil da Paraíba anunciou a prisão de um segundo suspeito de envolvimento nas mortes. A prisão preventiva de Marvin Henriques Correia foi pedida pelo Ministério Público, que acredita que o jovem de 18 anos participou do crime, mesmo à distância..

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Jornal da Paraíba

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