VIDA URBANA
Caso Rebeca: começa julgamento de ex-padrasto acusado de matar a jovem
Julgamento acontece mais de 7 anos após o crime. MP acredita em condenação e defesa alega inocência.
Publicado em 28/02/2019 às 10:14 | Atualizado em 28/02/2019 às 13:59
Começou por volta das 10h desta quinta-feira (28) o Júri Popular de Edvaldo Soares da Silva, acusado de estuprar e matar a jovem Rebeca Cristina Alves Simões, em 2011. Ex-padrasto da vítima, o cabo Edvaldo é acusado de homicídio qualificado e de estupro qualificado. O julgamento é presidido pelo juiz Marcos William de Oliveira. O júri é formado por três mulheres e quatro homens.
O crime aconteceu no dia 11 de julho de 2011. O corpo de Rebeca foi encontrado, no mesmo dia, na Mata de Jacarapé, às 14h30. A adolescente Rebeca tinha apenas 15 anos, quando foi estuprada e assassinada no trajeto entre sua casa e o Colégio da Polícia Militar, em Mangabeira VIII, Zona Sul de João Pessoa. Segundo o processo, o Cabo Edvaldo estaria acompanhado de indivíduo ainda não identificado, quando, em tese, teria praticado os crimes.
Segundo os autos, os crimes de homicídio e estupro foram comprovados pelos exame de corpo de delito. De acordo o laudo pericial, a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico, decorrente de ferimento causado por arma de fogo.
O Ministério Público acredita na condenação do Cabo Edvaldo. “Vamos expor dos autos de forma cristalina, a prova indiciária que foi coletada na instância policial. O papel dele foi integral, pelo que apuramos. A jovem descobriu um romance extraconjugal, ele começou a presentear a moça, começou a chantageá-la, e não funcionou. A partir daí ele engendrou esse plano, criou diversos álibis,mas não funcionou”, disse o promotor Marcus Leite.
O advogado de defesa Wagner Veloso Martins não quis detalhar a linha da defesa, mas afirmou que Edvaldo é inocente. “O inquérito teve mais de 130 testemunhas, o processo teve mais de 20 testemunhas. O povo da Paraíba tem que ter direito às testemunhas, a verdade virá à tona, será desvendada aqui na tribuna do júri. A verdade é que Edvaldo Soares é inocente”, disse.
Inicialmente estavam previstos os depoimentos de cinco testemunhas do Ministério Público e quatro testemunhas de defesa. No entanto, duas pessoas arroladas pelas acusação, os delegados Bruno Veloso e Glauber Fontes, que atuaram na investigação, não compareceram.
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