ECONOMIA
Governo leiloa aeroportos de João Pessoa, Campina Grande e mais 10
Terminais paraibanos integram bloco do Nordeste, com aeroportos de outros quatro estados.
Publicado em 15/03/2019 às 8:38 | Atualizado em 15/03/2019 às 12:23
O governo federal leiloa a concessão de 12 aeroportos nesta sexta-feira (15), Na lista estão o Castro Pinto, na Grande João Pessoa, e o João Suassuna, em Campina Grande, que formam o bloco do Nordeste junto com os terminais de Recife (PE); Maceió (AL); Aracaju (SE) e Juazeiro do Norte (CE). O leilão acontece a partir das 10h na B3, antiga Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros em São Paulo. A previsão é de que o leilão gere uma arrecadação de R$ 2,1 bilhões para a União ao longo da concessão, que é de 30 anos, e ainda R$ 3,5 bilhões em investimentos nos aeroportos.
Além do bloco do Nordeste, vão ser leiloados outros dois: um do Sudeste, com aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ), e um do Centro-Oeste, com terminais de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis, e Alta Floresta, todas no Mato Grosso. Os 12 terminais respondem por 9,5% de todo o tráfego aéreo doméstico do país, com quase 20 milhões de passageiros anualmente. Com o leilão desta sexta, quase 70% do tráfego aéreo brasileiro será em aeroportos administrados pela iniciativa privada.
Além dos R$ 2,1 bilhões, o governo também arrecadará uma outorga fixa, que deve ser paga à vista. A outorga mínima dos três blocos é de R$ 219 milhões, vencerá o leilão quem der a maior oferta em cima desse valor. O bloco do Nordeste tem o maior valor de outorga, que é de R$ 171 milhões.
Para o bloco do Sudeste, o lance mínimo é de R$ 46,9 milhões. Já para o do Centro-Oeste, o valor é de R$ 800 mil.
Empresas nacionais e estrangeiras na disputa
A estimativa do governo federal é de que 12 empresas participem do leilão. Os prováveis participantes, mapeados pelo governo, têm capital nacional e estrangeiro, e poderão apresentar suas propostas consorciados. A informação é do secretário de Aviação Civil, Roney Glanzmann.
“Estamos esperando um leilão bastante competitivo, muitos operadores estrangeiros e brasileiros, todos de primeira linha que já operam grandes aeroportos pelo mundo devem participar”, disse o secretário.
“Já tem mais de um ano que estamos falando semanalmente com esses operadores estrangeiros e todos estão animados com essa modelagem de concessão do governo federal. Acreditamos que vamos atrair grandes operadores mundiais de aeroportos”, completou Glanzmann.
O secretário salientou que a concessão “não prevê em hipótese alguma qualquer aumento de tarifa ou onera de qualquer jeito o passageiro”. Segundo ele, “o passageiro vai continuar pagando a mesma taxa de embarque de que ele já paga hoje nos aeroportos operados pela Infraero” .
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