VIDA URBANA
Caso Rebeca: Ministério Público vai solicitar novas investigações à polícia
Promotora ressaltou que necessidade de novas diligências a motivaram a dar parecer contrário ao pedido de prisão preventiva de um indiciado.
Publicado em 10/07/2015 às 10:01
Às vésperas de completar quatro anos da morte da estudante Rebeca Cristina, a promotora de Justiça do 1º Tribunal do Júri da capital, Artemise Leal Silva, informou, nesta sexta-feira (10), que vai solicitar à Polícia Civil a realização de novas diligências investigatórias no caso. De acordo com ela, o objetivo é fortalecer os indícios de provas relacionadas aos investigados. Artemise ressaltou que a necessidade das diligências a motivaram a dar parecer contrário ao pedido de prisão preventiva de um indiciado no crime, feito pela polícia.
“Nossa intenção é fortalecer os indícios de autoria em relação aos investigados no caso”, justificou a promotora de Justiça. Artemise ressaltou que o Ministério Público da Paraíba (MPPB) vem trabalhando lado a lado com a Polícia Civil para esclarecer o caso que envolve a morte da estudante. “É um caso complicado. Bastante difícil, mas estamos trabalhando em parceria com a Polícia Civil e, em breve, teremos informações mais contundentes e coesas em relação ao caso e aos citados nas investigações”.
De acordo com a promotora, foi a necessidade de se fazer mais diligências que a motivaram a dar o parecer contrário ao pedido de prisão preventiva de um indiciado no caso. “Os indícios que pesam sobre o suspeito que a polícia sugeriu não estão coesos, nem seguros”, enfatizou a promotora Artemise Silva.
O JORNAL DA PARAÍBA tentou falar com o delegado responsável pelas investigações do caso, Glauber Fontes, mas as ligações telefônicas não foram atendidas.
O crime
A estudante Rebeca Cristina foi violentada e morta no dia 11 de julho de 2011. A estudante tinha saído de casa às 7h para assistir aula no Colégio da Polícia Militar quando foi raptada. O corpo foi encontrado em uma matagal na Praia de Jacarapé, Litoral Sul.
Na semana passada o Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH-PB) protocolou o pedido de federalização da investigação da morte de Rebeca e de outros três casos .
De acordo com a conselheira Laura Berquó, a motivação do pedido de federalização do caso Rebeca foi o fato da investigação já ter passado por oito delegados, o que levantou suspeitas, e informações recebidas pelo CEDH-PB denunciaram que um dos envolvidos seria filho de um secretário de Estado ou de um coronel, motivo pelo qual, na opinião da conselheira, o caso está há quatro anos sem solução. “Sabemos que tem gente influente por trás que, ao descobrirem que um dos autores seria esse filho de secretário, começaram a trabalhar para impedir que os verdadeiros culpados fossem detidos”, denunciou.
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