Paraíba é 3º estado brasileiro com maior índice de mortes por conta do álcool

A Paraíba é o terceiro estado brasileiro com maior índice de óbitos atribuíveis parcial ou totalmente ao álcool. São 41,6 mortes para cada 100 mil habitantes, de acordo com levantamento realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), divulgado nesta terça-feira (2). No nordeste, a Paraíba só perde para Pernambuco neste item.

Os dados são de 2016, os mais recentes disponíveis, quando 1.644 pessoas morreram por motivos relacionados de alguma forma ao consumo de álcool. O número é 12,4% superior ao registrado em 2010 e representa 5,8% do total de mortes do estado, superior ao índice nacional (5,5%).

A análise do Cisa cruza levantamentos de outras pesquisas oficiais e reúne os dados nacionais mais recentes e disponíveis sobre o tema, permitindo acompanhar a evolução histórica entre 2010 e 2017.

Homens bebem e morrem mais

A pesquisa confirma o que o senso comum indica: os homens foram as maiores vítimas de mortes de alguma forma causadas pelo álcool (70,2%). Eles também são maioria quando o assunto é consumo excessivo: 29,3% deles revelaram ter bebido pelo menos 5 doses em uma única ocasião no mês anterior à pesquisa. A média nacional foi de 27,1%.

Para efeito comparativo, entre as mulheres paraibanas, 9,7% revelaram ter bebido pelo menos 4 doses nas mesmas condições, padrão feminino para considerar consumo abusivo.

Além disso, 10,1% dos homens confessaram que já beberam e dirigiram - 10% também é a participação dos acidentes de trânsito no volume de mortes causadas pelo álcool. As outras causas mais frequentes são hepática alcoólica (17%), hipertensão (16%), cirrose hepática (10%). No quesito internações, os homens representam 72,7% dos casos.

Mais vítimas jovens

No caso das internações, enquanto nacionalmente a maior taxa está na faixa acima dos 55 anos, na Paraíba, em 2016, a população entre 35 e 54 anos liderou esse tipo de internação, representando 35,3%, mas seguida dos indivíduos acima dos 55 anos (33,8%). Em uma faixa etária anterior, a pesquisa verifica que 17,1% dos entrevistados entre 13 e 15 anos já tinham sofrido algum episódio de embriaguez na vida.