VIDA URBANA
Vereadora Eliza Virgínia tem WhatsApp clonado para pedir dinheiro a contatos
Vereadora teve o celular contato por golpistas para obtenção de vantagens
Publicado em 05/04/2019 às 10:42 | Atualizado em 05/04/2019 às 12:54
A vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PP) é a mais nova vítima do golpe da clonagem do WhatsApp, aplicativo de conversas instantâneas por celular, feito para pedir dinheiro a parentes e amigos da lista de contatos. Conforme postagem em sua conta pessoal no Instagram, todas as mensagens enviadas desde às 15h30 de quinta-feira (4) não foram enviadas por ela. "Infelizmente uma pessoa fez o depósito", lamentou Eliza.
https://www.instagram.com/p/Bv35FCaBtdu/
O golpe
No golpe, identificado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA ao procurar a vereadora para uma outra reportagem, o perfil clonado pediu ajuda para conseguir concluir um negócio de liberação de livros para uma transportadora.
Ao invadir a conta de WhastApp, os golpistas tentam utilizar de intimidade para tentar conseguir o depósito de dinheiro para uma conta de uma terceira pessoa. De início, o perfil de Eliza Virgínia argumenta que estaria com problemas no aplicativo do banco e sem condições de ir a uma agência para realizar a transferência para uma transportadoras de livros. Em seguida, 'ela' pede que o contato faça a transferência de R$ 998 com a promessa de que o dinheiro seja devolvido até às 14h do mesmo dia.
O dinheiro, no entanto, não seria depositado na conta da vereadora, mas em nome de Edgard Guimarães da Silva Junior. Este é o nome do CNPJ de uma empresa de Praia Grande, em São Paulo, chamada 'Point do Mozão', que tem como a atividade econômica principal o comércio de bebidas.
Ao ser questionada sobre o produto vendido pelo 'Point do Mozão', o perfil da vereadora chega a rebater que "isto aí não tem nada a ver não".
Providências
Na seção de histórias do Instagram, a vereadora disse que foi ainda na tarde da quinta-feira à Delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência reportando o crime. Segundo ela, o golpe acontece quando uma pessoa se dirige à loja de celular com o argumento de que perdeu o chip. "O atendente só pode fazer isso com a sua identidade, seu CPF, se comprovar que a pessoa é a dona do chip. Precisamos investigar que loja fez isso. Estamos tomando as devidas providências", afirmou.
A vereadora disse que às 10h desta sexta-feira ela conseguiu recuperar o chip, mas ainda não conseguiram descobrir quem teria cometido o crime.
Para Eliza Virgínia, o caso serve de alerta. "Alguém, por mais amiga que seja sua, que você costuma pegar ou emprestar dinheiro, tome cuidado porque o chip pode estar clonado. Então, ligue antes para ter certeza de quem está ali do outro lado", comentou.
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