POLÍTICA
PB deve investir R$ 1,8 bi em plano de segurança hídrica do governo federal
Recursos devem ser usados diretamente em oito obras diferentes e investidos até 2026.
Publicado em 16/04/2019 às 11:43 | Atualizado em 17/04/2019 às 8:38
A Paraíba deve investir um montante de R$ 1,8 bilhão no setor hídrico até 2026. Os recursos devem ser usados diretamente em oito obras e também no desenvolvimento de estudos complementares para o desenvolvimento de outras ações. Os números estão detalhados no Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH) produzido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Agência Nacional de Águas (ANA). O documento foi lançado oficialmente na quinta-feira (11).
As intervenções recomendadas no PNSH incluem estudos, projetos e obras de barragens, canais, eixos de integração e sistemas adutores de água. Elas foram analisadas quanto à sua relevância, prioridade e efeito sobre os principais problemas de segurança hídrica do País. Estas ações foram organizadas em três componentes, com base em seu estágio de desenvolvimento e implementação: estudos e projetos, obras, e institucional (operação e manutenção). O resultado é um investimento total de R$ 27,5 bilhões.
Na Paraíba, os recursos do PNSH vão ser investidos em obras como o Canal Acauã-Araçagi/Vertentes Litorâneas, o Sistema Adutor TransParaíba (nos ramais Cariri e Curimataú), o Sistema Adutor Nova Camará e o Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, que também beneficia Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Os valores estão previstos para serem investidos entre 2019 e 2026. (veja os detalhes na imagem abaixo).
Obras prioritárias e estruturantes
“Com o Plano, identificamos obras prioritárias e estruturantes para garantir segurança hídrica à população brasileira no futuro. Elaboramos um roteiro para o acompanhamento da execução desses empreendimentos. Acredito que, com o PNSH, temos instrumentos para fazer uma gestão melhor e mais eficiente dos recursos hídricos e financeiros”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
"O PNSH deixa claro que o Brasil precisa investir em ações de segurança hídrica para melhorar as condições de vida dos brasileiros, que ficarão menos sujeitos a cheias e secas. O Plano também demonstra que as intervenções em infraestrutura hídrica podem gerar reflexos positivos na economia do País, minimizando riscos para as atividades industriais e agropecuárias", conclui o diretor da ANA Marcelo Cruz.
Impacto
O PNSH também aponta que os efeitos das intervenções recomendadas podem gerar uma redução anual de R$ 69,8 bilhões em possíveis perdas associadas a atividades agropecuárias e industriais, causadas pelo excesso ou insuficiência de água nas Unidades Territoriais de Análise (UTAs).
As regiões do País consideradas mais críticas são aquelas com indicadores mais expressivos de dimensões humana e econômica. Concentram 54,8 milhões de pessoas e potencial econômico de R$ 357 milhões por ano – projeção para 2035, sem as ações propostas pelo Plano.
No contexto, 1/3 dessa população (18,2 milhões de habitantes) pode ser diretamente beneficiada por obras que já estão em estágio mais avançado. Os 2/3 restantes (36,6 milhões de pessoas) também contam com intervenções no Programa de Segurança Hídrica, cujas obras potenciais dependem da realização e conclusão de estudos complementares.
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