VIDA URBANA
Bombeiros resgatam corpos dos filhos de paraibana mortos em desabamento no RJ
Enzo, de 6 anos, e Arthur, de 4 anos, são filhos de Ana Carla.
Publicado em 21/04/2019 às 13:34 | Atualizado em 22/04/2019 às 12:30
Após encontrar o corpo da última pessoa que estava desaparecida no desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, os bombeiros encerraram o trabalho de busca na madrugada deste domingo. Além do último corpo, que ainda não foi identificado, a equipe de resgate também retirou dos escombros outras duas vítimas, que tiveram os corpos reconhecidos como Enzo, de 6 anos, e Arthur, de 4 anos.
Os dois são filhos da paraibana Ana Carla Batista, 30 anos, natural de Cacimba de Dentro, no Agreste paraibano, e Jefferson Trajano, de 28, que também morreram na tragédia.
O reconhecimento ocorreu no Instituto Médico Legal (IML) no Centro do Rio. Assim, sobe para 23 o número de mortos na queda das construções.
Na tarde de sábado (20) bombeiros passaram a usar máquinas para içar pedaços de blocos de concreto do local do desmoronamento. Os dois prédios caíram no dia 12 de abril.
Foragidos
Desde sexta-feira (19), a Justiça decretou a prisão temporária de três envolvidos com a construção e a venda dos prédios: José Bezerra de Lima, o ‘Zé do Rolo’, Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa, a pedido da delegada Adriana Belém, titular da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro). Eles são suspeitos de construir e vender os apartamentos dos prédios que desabaram. A polícia, inclusive, acredita que Zé do Rolo tenha fugido para a Paraíba, onde tem familiares.
Outras vítimas
Além da família de Ana Carla, dentre as vítimas da tragédias estão três famílias de paraibanos. A primeira delas é a do paraibano Cláudio Rodrigues, 42 anos, que era pastor e morreu para salvar a filha. A esposa dele ainda segue internada. Também morreu no desastre as paraibanas Ana Paula Rodrigues, de 37 anos, natural de de São Sebastião da Lagoa de Roça, no agreste paraibano, estava grávida de quatro meses, do terceiro filho; e Ana Flávia Pereira, de 36 anos. Natural de Riachão do Poço, ela estava junto ao filho, Fábio, que tinha 3 anos e já nasceu no Rio de Janeiro.
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