ECONOMIA
Número de paraibanos endividados ultrapassa 1 milhão em março
Um em cada três paraibanos tem contas em aberto; estado é 3º com menor concentração do problema.
Publicado em 25/04/2019 às 7:00 | Atualizado em 25/04/2019 às 18:05
O número de paraibanos com dívidas cresceu 8,13% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, ultrapassando a marca de 1 milhão de paraibanos inadimplentes, de acordo com levantamento divulgado na quarta-feira (24) pelo Serasa Experian. São 77.347 pessoas a mais nesta situação em relação a março de 2018.
Apesar disso, a Paraíba é o terceiro estado com menor percentual da população com dívidas. Os 1.028.199 paraibanos inadimplente são 34,6% da população adulta, concentração maior apenas do que no Rio Grande do Sul (34,5%) e Santa Catarina (33,7%). A média nacional foi de 40,3% e em Roraima, essa concentração chegou a 61,9%.
De acordo com a Serasa, o número total de endividados no Brasil chegou a 63 milhões, um recorde desde 2016, quando teve início a série histórica. São quase 1 milhão de endividados a mais do que em fevereiro.
Desemprego, inflação e contas extras
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, este quadro é fruto do “aumento do desemprego e o repique da inflação nos primeiros meses do ano”. Outro fator apontado como gerador deste número é a concentração de contas de início de ano, como IPTU, IPVA e material escolar.
A preocupação, segundo Rabi, é que esse quadro de endividamento gera prejuízos para o crescimento da economia. “Por isso, cresce a importância de ações que ajudem a mudar este cenário, como o recém aprovado Cadastro Positivo, o qual contribui para a prevenção do descontrole financeiro e para o combate ao superendividamento”, diz.
Idosos crescem entre endividados
Nacionalmente, o grupo etário com mais problemas é o das pessoas entre 36 e 40 anos, onde 48,5% estão inadimplentes, mas foi entre os idosos acima de 61 anos e que a situação mais cresceu (1,9 p.p.).
Bancos e cartões de crédito seguem na liderança como as contas com maior índice de inadimplência (28,1%), mas problemas com empresas de telefonia chegam a 13,2% do total, volume 1,6 ponto percentual acima do observado em fevereiro.
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