VIDA URBANA
Greve dos vigilantes de carro-forte da Paraíba chega ao fim após conciliação
Na Paraíba atuam cinco empresas de transportes de valores, que empregam cerca de 500 profissionais.
Publicado em 07/05/2019 às 17:20 | Atualizado em 08/05/2019 às 12:55
Em greve desde o dia 29 de abril, os vigilantes em transportes de valores que atuam na Paraíba devem voltar ao trabalho a partir desta quarta-feira (8). O encerramento da greve aconteceu após audiência de conciliação no Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) nesta terça-feira (7). Além de reajuste salarial e de outros benefícios, os vigilantes não terão os dias de paralisação descontados do salário.
A audiência foi presidida pelo desembargador Wolney de Macedo Cordeiro, com a atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT), representado pela procuradora Maria Edlene Lins Felizardo.
Após ouviu as duas partes, o presidente do TRT apresentou uma proposta de conciliação com reajuste de 5% a partir de 1º de maio; vigência da convenção coletiva até o dia 30 de abril de 2020, com a consequente modificação da data-base para 1º de maio; reajuste de 12% no beneficio alimentação e mais pagamento de R$ 250,00 nas férias de cada trabalhador.
O presidente do TRT13 concedeu um intervalo de meia hora para as categorias consultarem as suas bases sobre a proposta apresentada. Na retomada da reunião, a proposta do desembargador Wolney Cordeiro foi aceita. Agora, as categorias têm prazo de 15 dias para que apresentem cópia da Convenção Coletiva assinada. Após a apresentação da convenção as partes concordaram na extinção do Dissídio Coletivo de Greve, sem resolução de mérito.
Desconto de dias parados
Ficou convencionado que não haverá desconto dos dias de paralisação, as ausências durante o movimento serão compensadas. Na Paraíba atuam cinco empresas de transportes de valores, que empregam cerca de 500 profissionais.
Prevalência do entendimento
A advogada do sindicato dos empregados, Marília Figueiredo Burity disse que a chamada do TRT para conciliação foi perfeita. “Afirmo, com toda certeza, que não teríamos chegado a um acordo se não fosse a iniciativa do presidente do Tribunal, o desembargador Wolney Cordeiro”, disse.
O mesmo pensamento foi partilhado pelo sindicato dos empregadores, representado pelo advogado Emmanuel Correia: “Estamos muito satisfeitos com a intermediação do Tribunal. Chegamos a um ponto em que todas as tentativas de negociação fracassaram e, com a ponderação e o equilíbrio do desembargador presidente, chegamos a um acordo”, sustentou.
“Essa audiência foi uma prova inequívoca de que é possível progredir, de que é possível manter as empresas funcionando e garantindo emprego e dignidade para os trabalhadores. A prática da conciliação faz parte do dia a dia da Justiça do Trabalho, e estamos aprimorando cada vez mais. O TRT tem, agora, um projeto de conciliação pré-processual, que vai ajudar, e muito, empresários e empregados e extinguir conflitos pelo meio do entendimento, sempre primando pela paz social”, finalizou o presidente do TRT, Wolney Cordeiro.
Comentários