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CULTURA

A persistência de um luto

Morre de infarto aos 88 anos o poeta e escritor alagoano, Lêdo Ivo. Poeta visitava a Espanha e morreu no último domingo (23).

Publicado em 27/12/2012 às 6:00


Como os mortos que jamais terminam de morrer de sua poesia, o luto pelo poeta Lêdo Ivo, que deixou a vida na madrugada do domingo, após sofrer um infarto em Sevilha (Espanha), persistirá por mais tempo.

Segundo informações divulgadas na página da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde o acadêmico ocupava a cadeira nº 10, as cinzas do escritor, que será cremado na Europa, serão trasladadas para o Rio de Janeiro e sepultadas no Mausoléu da ABL, no Cemitério São João Batista (no bairro do Botafogo, zona sul da capital carioca) só nos primeiros dias de 2013.

Lêdo Ivo, que tinha 88 anos, visitava a região da Andaluzia na companhia de seu filho, que reside no Velho Continente, o artista plástico Gonzalo Ivo. Lêdo passou mal enquanto almoçava em um restaurante e de lá seguiu até o hotel em que estava hospedado, onde chegou a receber os primeiros cuidados médicos. O poeta, no entanto, não resistiu ao infarto e morreu antes mesmo de ser encaminhado ao hospital da cidade.

Nascido em Maceió (AL), em 1924, Lêdo foi jornalista, poeta, romancista, cronista, ensaísta e tradutor. Completou sua formação em Pernambuco, onde participou do 1º Congresso de Poesia do Recife, em 1941. Mudou-se para o Rio em 1943, onde se formou na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Estreou na literatura no ano seguinte, com o volume de poemas As Imaginações (1944). Logo depois era distinguido com o Prêmio Olavo Bilac, da ABL, com o seu segundo livro, Ode e Elegia (1945). O debute no romance veio com As Alianças (1947), imediatamente reconhecido com o Prêmio de Romance da Fundação Graça Aranha.

Filiado à Geração de 1945 (tema de uma conferência que apresentou em 1949, no Museu de Arte Moderna, em São Paulo), nutria a admiração de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), que a ele dedicou estes versos: "Aqui repousa/ livre de todas as palavras/ Lêdo Ivo,/ poeta,/ na paz reencontrada/ de antes de falar,/ e em silêncio, o silêncio/ de quando as hélices param/ no ar".

Deixou três filhos: Patrícia, Maria da Graça e Gonçalo, fruto de sua união com Maria Lêda Sarmento Medeiros Ivo (1923-2004).

Viveu em Paris (França) em 1953 e só retornou ao Brasil no ano seguinte, retomando suas atividades literárias e jornalísticas. Foi traduzido para o inglês, dinamarquês, espanhol e italiano.

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Jornal da Paraíba

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