CULTURA
Campina Grande vai criar comitê para combater ‘fake news’ no São João
Objetivo é evitar casos como o das 'agulhadas', registrado ano passado.
Publicado em 23/05/2019 às 11:54 | Atualizado em 23/05/2019 às 19:37
A divulgação de notícias falsas, as chamadas ‘fake news’, é cada vez mais comum nas redes sociais e tem provocado prejuízos em diversos setores. Pensando em evitar esse tipo de problema a Coordenação do Maior São João do Mundo este ano deverá criar um comitê de gestão de crises, que terá entre outros objetivos, combater a proliferação de notícias falsas sobre a festa. A decisão está sendo tomada depois da ocorrência do ‘caso das agulhadas’, na festa do ano passado e anunciada nesta quinta-feira (23).
O chefe de gabinete da prefeitura campinense, Bruno Cunha Lima, lembrou que o sucesso da festa depende das informações que são divulgadas sobre o evento. “Já tivemos uma conversa com a equipe para que nós tenhamos um comitê de gestão de possíveis crises. Tem gente que trabalha na tentativa de criar um clima negativo. E aí a gente já se antecipa para possibilidade de criar esse comitê gestor de crise, para evitar que agulhadas sejam inventadas”, comentou o chefe de gabinete.
Ano passado, nos primeiros dias da festa, dezenas de pessoas relataram que teriam sido vítimas de agulhadas no interior do Parque do Povo, local onde são realizados os shows do Maior São João do Mundo. Algumas vítimas contaram que foram feridas por pessoas que estariam com seringas, ao serem encaminhadas para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Um clima de "pânico" se espalhou entre os forrozeiros.
Caso das agulhadas arquivado
Na época a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar os casos. Até hoje, quase um ano depois, nenhuma pessoa foi indiciada pela investigação. O inquérito que apurou 17 casos de pessoas que relataram ter sido vítimas das agulhadas no Parque do Povo foi arquivado.
De acordo com o delegado seccional de Campina Grande, Pedro Ivo, “foram realizadas diversas perícias em relação às vítimas e nessas perícias em algumas delas constatou-se lesão corporal leve, que dependeria de representação. Em quase todos os casos as vítimas não representaram. Outros casos sequer foi comprovado que se tratou de agulhadas. Nenhum indícios de autoria também foi encontrado e nenhuma das pessoas apresentou qualquer tipo de doença ou contaminação”, informou o delegado.
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